ONU investiga repressão de protestos estudantis no Bangladesh

A ONU iniciou hoje uma investigação sobre a repressão dos protestos estudantis antigovernamentais no Bangladesh, que levaram à destituição da antiga primeira-ministra Sheikh Hasina, perante alegações de violação dos direitos humanos por parte das autoridades.

© MUNIR UZ ZAMAN/AFP via Getty Images

Mundo Bangladesh 16/09/24 POR Lusa

Uma delegação das Nações Unidas "está a realizar uma investigação independente e imparcial sobre as alegadas violações dos direitos humanos ocorridas entre 01 de julho e 15 de agosto deste ano, na sequência dos recentes protestos", anunciou a ONU num comunicado.

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Os primeiros membros da equipa de investigação chegaram hoje a Daca, segundo o meio de comunicação social bengali Prothom Alo, citado pela agência espanhola EFE.

Os peritos permanecerão no país do sul da Ásia durante pelo menos um mês para identificar responsabilidades e elaborar recomendações, acrescentou.

O Gabinete dos Direitos Humanos da ONU publicará posteriormente um relatório pormenorizado.

A ONU esclareceu que a sua iniciativa "não é uma investigação criminal e é conduzida independentemente de qualquer processo de justiça criminal nacional".

O gabinete da ONU pediu ao público para fornecer informações sobre a repressão violenta dos protestos, que serão acrescentadas aos testemunhos obtidos através de entrevistas com as vítimas, membros das forças de segurança ou médicos.

Os protestos dos estudantes começaram em 01 de julho como um movimento pacífico contra um sistema de quotas laborais que beneficiava os apoiantes do governo da Liga Awami, de Hasina.

As manifestações tornaram-se violentas duas semanas mais tarde e levaram ao afastamento de Hasina em 05 de agosto.

Os protestos foram severamente reprimidos pelas forças de segurança e mais de 400 pessoas foram mortas, segundo a EFE.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos afirmou em agosto que tinha provas credíveis do uso excessivo e desnecessário da força na repressão dos protestos pelas forças de segurança.

Hasina, que fugiu para a Índia após a demissão, foi acusada numa dúzia de casos de violência e vários dos seus assessores foram detidos.

Sheikh Hasina Wajed, 76 anos, foi primeira-ministra do Bangladesh de junho de 1996 a julho de 2001, e, num segundo período, entre janeiro de 2009 e agosto de 2024.

É filha de Sheikh Mujibur Rahman, fundador e primeiro presidente do Bangladesh, país que integrou o império britânico e se tornou independente do Paquistão em 1971.

Leia Também: Cúmplices de Israel? ONU aponta Portugal como uma das poucas exceções

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