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A Polícia Judiciária (PJ) e a Guardia Civil, numa operação coordenada pela Eurojust, desmantelaram uma "sofisticada rede de tráfico de drogas" sediada na Galiza, Espanha, e com ramificações ao Norte de Portugal, designadamente no alto Minho.
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Num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, esta terça-feira, os inspetores revelaram que durante a operação foram detidas 28 pessoas, tanto de nacionalidade portuguesa como espanhola.
A organização criminosa em questão é suspeita de se dedicar à construção de embarcações de alta velocidade, que tinham como destino o tráfico internacional de estupefacientes, mais propriamente, segundo a PJ, "a importação e tráfico de estupefacientes, em grandes quantidades, em solo europeu".
Revela ainda a força de segurança portuguesa que, no decurso das investigações que decorriam há mais de um ano, durante a madrugada do dia 28 de setembro de 2023, as autoridades abordaram vários "elementos que se preparavam para colocar em água, no rio Minho, uma embarcação, devidamente equipada com motores de alta potência e já abastecida de viveres e diversos equipamentos, pronta a ser utilizada, sendo esta apreendida".
Apreendidos 23 quilos de heroína e 150 mil euros em dinheiro
Já no presente mês de outubro, as autoridades não só detiveram os 28 suspeitos, como apreenderam "prova documental, equipamento eletrónico, embarcações, motores de alta potência, cerca de 23 quilos de heroína, bem como consideráveis quantidades de outros estupefacientes, como haxixe, ao desmantelamento de duas áreas de produção de canábis e ainda mais de 150 mil euros em dinheiro".
Operação Vozka. Mais detidos e apreensões de centenas de milhares de euros
Palelamente, noutra situação distinta, contudo análoga, a PJ, junto com as autoridades aduaneiras do Reino de Espanha e com a Guardia Civil, colocou em marcha a Operação Vozka para apanhar os suspeitos de uma outra "estrutura internacional, que se dedicava à produção de embarcações similares, com o mesmo destino de importação, por via marítima, e tráfico internacional de estupefacientes"
A operação acabou por ser realizada no Reino Unido e Espanha, tendo sido recolhidos elementos probatórios em Portugal, como por exemplo, "análises económico-financeiras e bancárias, que atestavam o anormal tráfego de grandes montantes financeiros que, em parte, suportavam a organização na sua atuação criminosa".
Das diligências realizadas, em abril deste ano, foi possível às autoridades espanholas o cumprimento de diversas buscas e detenções de elementos alegadamente pertencentes à organização, enquanto que, em Portugal, "procedeu-se à apreensão de duas embarcações, uma delas de alta velocidade, bem como de documentação, equipamento diverso e seis motores de alta potência, bens avaliados em centenas de milhares de euros".
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