Portugal é principal destino para emigrantes de seis países da OCDE

Portugal está entre os principais destinos de emigração de seis países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), segundo um relatório hoje publicado.

© Getty Images

Economia OCDE 14/11/24 POR Lusa

Portugal é dos principais destinos de emigração para os nacionais da Suíça (4.º lugar), Países Baixos (5.º), Bélgica (6.º), Itália (6.º), Espanha (7.º) e França (8.º), segundo o relatório de 2024 sobre Migração Internacional, no qual a OCDE analisa os dados da imigração de cada país-membro, de acordo com os dados das respetivas autoridades nacionais.

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O relatório faz uma análise cruzada das migrações dos 38 países-membros da organização.

Em Portugal, no que diz respeito à população nascida fora do país, além dos países lusófonos, com Brasil e Angola no topo da lista -- com 271,3 mil pessoas e 157 mil, respetivamente), destaca-se a França, com 103,3 mil, um país onde existem muitos lusodescendentes.

No que diz respeito às nacionalidades estrangeiras em Portugal, o Brasil segue destacado, com 226,9 mil pessoas, seguindo-se o Reino Unido (44,6 mil) Itália (22,8 mil), Índia (33,6 mil) Cabo verde (32,7 mil) Angola (29,8 mil) e França (27,1 mil).

De acordo com os dados oficiais, Portugal tem 10,8% da população nascida no estrangeiro, em linha com a média da OCDE, que é de 11%.

No que diz respeito à taxa de desemprego, entre os portugueses é de 6,3% (acima da média da OCDE, 5,2%) e entre os estrangeiros é de 8,3% (um ponto percentual acima da OCDE).

Em 2023, o número de primeiros requerentes de asilo aumentou 31%, atingindo cerca de 2.600. Das 440 decisões tomadas em 2023, 71% foram positivas.

Refletindo a situação internacional, países como a Venezuela, Índia, Gâmbia, Afeganistão, Israel ou Argélia que não tinham pedidos de asilo em 2012 ou 2013 passaram a estar entre as 15 nacionalidades que mais requereram este tipo de proteção em 2022.

No que diz respeito à emigração de portugueses para países da OCDE, houve um aumento de 15% em 2022, para 59.000, com cerca de um quinto (19%) a optarem por Espanha, seguindo-se França (17%) e Suíça (16%).

No relatório, a OCDE destaca a criação em 2023 da Agência para a Integração, a Migração e o Asilo (AIMA) e "os esforços para aumentar a digitalização dos processos", as "alterações às regras do programa de residência por investimento (Golden Visa)", o novo Plano de Ação para a Migrações, o acordo de mobilidade dentro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Leia Também: Inflação homóloga na OCDE desacelera para 4,4% em setembro

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