Uma jovem italiana de 22 anos morreu este mês, depois de ter passado três dias em coma, após se ter submetido a uma rinoplastia numa clínica em Roma.
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Agata Margaret Spada viajou no dia 4 de novembro, de Letini, em Siracusa, para a capital italiana, para ser operada ao nariz. A jovem tinha tido conhecimento da clínica através do Google e Tik Tok - onde oferecia preços mais acessíveis e uma "remodulação ao nariz em apenas 20 minutos" - e estava confiante no sucesso da rinoplastia.
Porém, durante o processo, após administrar a anestesia, o cirurgião outro médico perceberam que algo de errado se passava, já que a injeção que acabara de ser aplicada causou-lhe tremores, náuseas e tonturas. De acordo com o Corriere della Sera, Spada entrou em coma.
A jovem foi internada de emergência, mas o seu estado agravou-se de forma irreversível, acabando por morrer no dia 7. A hipótese mais provável é que tenha sofrido um choque anafilático.
Os médicos responsáveis pela operação estão a ser investigados pelos Carabinieri e foram acusados de homicídio negligente.
O corpo da jovem será submetido a autópsia na sexta-feira. As autoridades procuram também perceber o que continha a substância administrada antes da cirurgia, uma vez que os agentes não encontraram o termo de consentimento que Margaret deveria ter assinado.
Cirurgia paga em dinheiro
Agata Margaret Spada terá pago até 2.800 euros, presumivelmente em dinheiro, uma vez que não foi encontrado nenhum vestígio contabilístico nos escritórios da clínica.
O namorado da jovem poderá ser uma peça-chave na investigação, já que a acompanhou em todos os momentos e até tentou entrar na sala quando percebeu que a operação não estava a correr como esperado. Também foi registando tudo o que se passou no dia 4 de novembro e poderá dar mais detalhes às autoridades.
De acordo com a imprensa italiana, as autoridades suspeitam que a clínica não dispunha de todos os instrumentos necessários para lidar com este tipo de emergências e, por isso, as investigações centram-se também no regime em que funcionava o consultório.
Alessandro Vinci, advogado da família de Margaret Spada, garante que "o estabelecimento deveria ter oferecido garantias", mas afirma que "será a investigação a determiná-lo".
"A família, os pais e a irmã estão, neste momento, cercados pelo carinho de muitas pessoas, mas estão presos numa dor que não pode ser explicada em palavras", vincou o advogado.
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