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O primeiro-ministro Luís Montenegro continua a deixar claro que "não é não" sobre possíveis acordos com o partido político Chega.
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Numa entrevista dada ao jornal brasileiro 'Folha de São Paulo' afirmou que tinha sido "muito claro em relação a considerar que havia ideias e posturas, radicalismo e imaturidade nesse partido que não abriam essa possibilidade". O primeiro-ministro salientou que vai cumprir o "compromisso", afirmando que "o tempo tem-me dado razão".
"Na campanha disse 'não é não', e até posso acrescentar que o tempo tem-me dado razão", afirmou.
Foram vários os temas falados, um deles a imigração, com uma das perguntas a direcionar-se para Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA). Para Luís Montenegro, "a reorganização das competências das instituições com responsabilidades nas áreas de migrações, asilo e fronteiras" são uma "prioridade" do Governo "para 2025".
O chefe do Executivo disse que "com a AIMA pretendemos que o processo de imigração em Portugal" seja focado na "integração e na inclusão, não apenas na segurança", acrescentando que "estamos [o Governo] empenhados em resolver os problemas de todos aqueles que procuram" o país.
Montenegro referiu ainda que o Executivo "entende que a agilidade e eficiência no tratamento de processos desta natureza são cruciais" seja para o "bem-estar dos imigrantes" como para a "economia e sociedade portuguesas", realçando que "temos procurado reforçar os recursos da AIMA", melhorando "a resposta" e reduzindo "significativamente o tempo de espera".
Nas declarações ao jornal brasileiro, o primeiro-ministro destacou também que o "investimento faz parte de um compromisso mais amplo de modernizar" a estrutura da AIMA e "garantir que os imigrantes se possam regularizar a sua situação de forma rápida e digna", dizendo ainda que "é também Portugal que ganha com isso".
O racismo e a xenofobia foram também dois temas questionados com o primeiro-ministro a dizer que o combate à discriminação é uma "prioridade", salientando que "todos devem ser tratados com dignidade" seja qual for a "nacionalidade ou classe social" e que é um "valor constitucional e dele não abdicamos".
Este domingo, Luís Montenegro viaja para o Rio de Janeiro, no Brasil, para participar na cimeira do G20. Portugal foi convidado como país observador.
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