Foram vários os troféus em 2020 e Filipe Albuquerque sabe que para igualar o ano passado não será fácil. As estantes de sua casa ficaram certamente mais brilhantes com os prémios de Campeão da Europa e do Mundo de Resistência, e com o também tão desejado troféu conquistado nas 24 horas de Le Mans. Porém, há um lugar na estante reservado precisamente para mais um prémio. Filipe Albuquerque almeja ser campeão em terras de Tio Sam e começar o Campeonato norte-americano de Resistência (IMSA) em grande é o grande objetivo para o piloto natural de Coimbra.
Será daqui a umas horas, mais concretamente às 20h40, que Albuquerque iniciará a sua temporada no IMSA. O arranque para as 24 horas de Daytona é este sábado e o Desporto ao Minuto aferiu todas as sensações do piloto português momentos antes da prova.
"O contacto com o Acura foi bom, mas como é um carro com turbo acaba por ter muitos 'settings' disponíveis para nós controlarmos a potência que vai para o chão. Se calhar foi a maior diferença que senti do Cadillac para este. Vai ser com o tempo e com experiência que me vou habituar a estes settings todos que tenho disponíveis. Tive também de me adaptar ao Oreca porque é muito mais aerodinâmico e curva melhor. Conhecer o LMP2 fez-me muito bem, e é engraçado porque trouxe aos meus colegas novas forma de conduzir o carro, que eles nunca tinham pensado. Fiz curvas de maneira diferente, eles começaram a adaptar também e viram sobretudo que resultava e era mais rápido", começou por dizer-nos.
Será a primeira corrida ao volante do Acura na Wayne Taylor Racing e, como o próprio referiu, tudo será novo. Ainda assim, a experiência é pista será determinante. A mestria na condução é necessária para qualquer piloto, mas também é indispensável levar a estratégia bem preparada, e foi isso que Albuquerque nos explicou.
"Adaptei-me bem e rápido ao carro, mas claro que queria mais um bocado de tempo. No entanto, durante a corrida vou ter tempo para isso. Fizemos uma boa fase final dos treinos e fiquei muito contente com o equilíbrio do carro para a corrida. Estamos competitivos e acho que vai ser das corridas mais competitivas dos últimos anos. Vão ser cinco classes e, de certeza, que haverá muitas bandeiras amarelas, o que vai influenciar a corrida. Não é preciso termos muita pressa no início porque o pelotão vai acabar por reagrupar", frisou o português.
Dos quatro pilotos da Wayne Taylor Racing será precisamente Filipe Albuquerque o primeiro a entrar em ação. Será o vencedor das 24 horas de Daytona em 2018 a começar a prova na sua equipa. Portugueses fiquem, por isso, com especial atenção ao Acura #10, que partirá do 5.º lugar da grelha, desde o primeiro metro de corrida. A maratona das 24 horas não se ganha nas primeiras voltas, mas sim nas derradeiras, onde novamente poderemos ver Filipe em ação.
"Claramente que com quatro pilotos será muito mais fácil. Eu e o Ricky Taylor vamos começar e somos os pilotos que estamos apontados para terminar a corrida. Nós temos mais experiência no ‘trânsito’. Vai ser bom porque como somos quatro estou à espera de uma corrida mais tranquila em termos físicos. Vamos ver como vai correr!", finalizou.
Para acompanhar na íntegra as 24 horas de Daytona no site oficial da competição clicando aqui.