A Organização Mundial de Saúde (OMS) realizou um plano global para a 'Década de Ação para Segurança no Trânsito 2021-2030' com o objetivo de consciencializar pessoas, órgãos públicos e empresas privadas de que é preciso reduzir a sinistralidade rodoviária.
De acordo com o relatório da ONU, morrem anualmente quase 1,3 milhões de pessoas e existem cerca de 50 milhões de feridos nas estradas. Isto traduz-se na principal causa de morte de crianças e jovens em todo o mundo.
“A perda de vidas e meios de subsistência, as deficiências causadas, a tristeza e a dor e os custos financeiros por acidentes de trânsito representam um preço insuportável para famílias, comunidades, sociedades e sistemas de saúde. Muito desse sofrimento é evitável, tornando as vias e os veículos mais seguros e promovendo caminhadas, uso de bicicletas e maior uso do transporte público com segurança. O Plano Global para a Década de Ação pela Segurança no Trânsito apresenta as etapas práticas e baseadas em evidências que todos os países e comunidades podem adotar para salvar vidas”, declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
O Plano Global feito pela OMS descreve as ações recomendadas elaboradas a partir de intervenções comprovadas e eficazes. Deve ser usado para informar e inspirar planos nacionais e locais que são ajustados aos contextos locais, recursos disponíveis e capacidade. E numa das propostas que sugere, salta à vista uma sugestão relacionada com os limites de velocidade.
A OMS propõe a alteração dos limites de velocidade nas localidades para 30 km/h, fora das localidades 80 km/h e nas autoestradas 100 km/h.
“Mais de 50 milhões de pessoas morreram nas estradas desde a invenção do automóvel. Isso é muito mais do que o número de mortes na Primeira Guerra Mundial ou algumas das piores pandemias. É tempo de colocar em prática o que sabemos que funciona e mudar para um meio de transporte muito mais seguro e saudável. Este novo plano levará os países a um caminho mais sustentável", afirmou o diretor do Departamento de Determinantes Sociais da Saúde da OMS, Etienne Krug.
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