E se antes os microcarros eram vulgarmente conhecidos como ‘papa-reformas’, hoje são alvo de muita procura e motivam o interesse de mais jovens, que ainda não têm 18 anos. Porquê? As fabricantes, e principalmente a Citröen porque foi a pioneira, reinventaram o conceito de microcarro e tornaram-nos mais tecnológicos e 100% elétricos.
Basta olharmos para o Citroën Ami ou para o Opel Rocks-e para percebermos as diferenças para o 'antigamente'. Também a Fiat já lançou o Topolino, mas este ainda não se encontra no mercado.
Segundo adianta o Jornal de Notícias, nos últimos quatro anos - recorde-se que o Citroën Ami foi lançado em 2019 - o registo de microcarros aumentou 57%. Um número considerável, mas que não nos deixa assim tão espantados. Afinal de contas, 50 exemplares, de uma versão especial do Ami que a Citroën colocou à venda na passada semana, esgotaram em pouco mais de três horas.
A procura aumentou desde 2019 e o interesse dos jovens também. Desde esse ano que o número de menores habilitados a conduzir microcarros aumentou 52%, de acordo com o Jornal de Notícias.
Desde o design adequado aos dias de hoje, à facilidade de carregamento, passando ainda pela tecnologia disponível são argumentos que têm feito crescer o interesse dos mais jovens... mas não só. Também as empresas têm olhado mais para esta solução que acaba por ser sustentável. Exemplos disso são os CTT, por todo o país, ou a Portway, que opera no aeroporto de Lisboa.
Aliás, há precisamente um ano, a Citröen assinalou esses dados.
"No mercado português, o Ami vende tanto a clientes particulares como a empresas, com 476 encomendas até à data. É o número um entre os quadriciclos com uma quota de mercado de 37% no final de junho. Entre junho de 2021 e junho de 2022, o mercado português dos quadriciclos cresceu 56%, impulsionado pela chegada do Ami", escreveu a Citroën em julho de 2022.
Por pouco mais de 9.000 euros pode adquirir um microcarro destes em Portugal. Tanto o Ami como o Rocks-e dispõe de um pequeno motor de 6 kW (ou 8,2 cv) alimentado por uma bateria de iões de lítio com 5,5 kWh de capacidade. Com autonomia até 70 km, carregá-lo numa tomada doméstica demora cerca de três horas. Quanto à velocidade máxima é de 45 km/h e importa não esquecer que estes veículos não podem circular em autoestradas ou vias equiparadas.
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