A Northvolt pediu no final de novembro a proteção contra a falência ao abrigo do capítulo 11, numa tentativa de evitar a liquidação.
A assembleia de acionistas convocada para quarta-feira "é uma medida processual" exigida pela lei sueca quando os fundos próprios dos acionistas estão em queda acentuada, disse o porta-voz do grupo, Martin Höfelmann, numa mensagem enviada à AFP.
"O conselho de administração recomenda que a empresa continue em atividade e é esta a decisão que antecipamos", disse o porta-voz, acrescentando que a reunião decorrerá à porta fechada.
Os dois principais acionistas do grupo sueco são o construtor automóvel alemão Volkswagen e o banco de investimento americano Goldman Sachs.
A Northvolt suprimiu 1.600 dos seus 6.500 postos de trabalho até ao final de 2024 e congelou o desenvolvimento da sua principal unidade de produção em Skelleftea, no norte da Suécia.
O grupo sueco, fundado em 2016, foi durante muito tempo considerado como uma das grandes esperanças europeias no setor das baterias, numa altura em que a Europa tenta recuperar o atraso em relação aos gigantes asiáticos, nomeadamente a China e a Coreia do Sul.
Os atrasos de produção e o abrandamento da procura por parte dos clientes do setor automóvel aceleraram a queda do grupo sueco.
Em maio, a BMW abandonou uma encomenda no valor de dois mil milhões de euros devido aos atrasos por parte da Northvolt.