"Parque habitacional público é prioridade"

Marina Gonçalves afirma que a construção de políticas públicas não serve para ultrapassar o mercado privado mas sim complementá-lo de modo a equilibrar as habitações já existentes e dar resposta às famílias com carências habitacionais.

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Ana Rita Soares
08/04/2021 08:32 ‧ 08/04/2021 por Ana Rita Soares

Casa

Habitação

A secretária de Estado da Habitação, Marina Gonçalves, afirma que a prioridade do Estado está na construção de um parque habitacional público robusto, de modo a dar resposta às carências habitacionais de algumas famílias.

Nesse sentido, o Governo está a trabalhar para ter um papel mais presente no mercado privado habitacional, de forma a "não ultrapassar a existência do mercado privado mas complementar os imóveis destinados para a habitação já existentes, pois não é da responsabilidade do mercado privado responder às necessidades públicas."

Marina Gonçalves esteve presente esta quarta-feira na "UCI Live Talks" para debater sobre as estratégias do Governo português para a habitação. Em resposta à pergunta de Pedro Pereira, moderador do debate, se "estamos a caminhar para um cenário onde o mercado imobiliário não está acessível a todos?", a secretária de Estado da Habitação afirma que "já chegamos a esse cenário há uns anos", sendo a resposta mais válida a esta carência a construção de um parque habitacional público.

"Temos 414 contratos assinados no programa de Arrendamento Acessível"

"Tornar a habitação acessível a todos" é o mote que o Governo tem vindo a trabalhar, uma vez que a sua preocupação é "salvaguardar a resposta para todos para a habitação". As plataformas de arrendamento acessível servem para juntar os senhorios aos arrendatários, dando benefícios a ambas as partes, sustenta Marina Gonçalves. Nesse sentido, este tipo de programa serve para "colocar no mercado habitacional rendas acessíveis correspondentes ao rendimento das famílias."

A secretária de Estado da Habitação admite ainda que a criação de programas de arrendamento acessível cumpre com os objetivos, ainda que por ser um "programa novo é natural que demore a ficar estruturado na totalidade". Marina Gonçalves salienta ainda que apesar de gostar "que (este programa) tivesse mais celeridade, não significa que tem sido um fracasso." 

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