Preço mediano da habitação sobe 1,7% em cadeia e 7,8% em termos homólogos

O preço mediano de alojamentos familiares foi 1.188 euros por metro quadrado no quarto trimestre de 2020, mais 1,7% face ao trimestre anterior e mais 7,8% face ao mesmo período de 2019, anunciou hoje o INE.

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Marta Contreras
05/05/2021 11:58 ‧ 05/05/2021 por Marta Contreras

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Num comunicado, o Instituto Nacional de Estatística (INE) referiu também que em 12 NUTS III (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos) houve uma aceleração dos preços da habitação superior à verificada no país (mais 0,2 pontos percentuais), incluindo o Algarve (mais 2,4 pontos percentuais) e a Área Metropolitana do Porto (mais 1,0 pontos percentuais).

Ainda assim, em treze sub-regiões houve uma desaceleração dos preços, nomeadamente, na Região Autónoma da Madeira (menos 8,5 pontos percentuais) e na Área Metropolitana de Lisboa (menos 1,0 pontos percentuais).

A evolução da taxa de variação homóloga entre o 3.º e 4.º trimestre de 2020, de 7,6% para 7,8%, evidencia uma ligeira aceleração dos preços da habitação, interrompendo a desaceleração verificada nos dois trimestres anteriores, afirma o INE.

No período em análise, as três sub-regiões com os preços mais elevados -- Algarve (1.809 euros/metros quadrados), Área Metropolitana de Lisboa (1.638 euros/m2) e Área Metropolitana do Porto (1.288 euros/m2) -- registaram, simultaneamente, taxas de variação homóloga de 10,1%, 9,6% e 14,7%, respetivamente, mais expressivas que a do país (7,8%), adianta o INE.

Além destas três sub-regiões, a Região Autónoma da Madeira (1.264 euros/m2) também registou um preço mediano superior ao do país, apresentando, contudo, um crescimento homólogo, de 3,7%, inferior ao do país.

Assim, entre as 25 NUTS III, destaca-se, com o maior crescimento homólogo, a Área Metropolitana do Porto (+14,7%), e com o menor preço mediano de venda de alojamentos familiares, o Alto Alentejo (433 euros/m2).

Tendo como referência os 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, o Porto registou a maior taxa de variação homóloga, de 21,2%, no quarto trimestre de 2020, enquanto em 16 municípios ocorreu uma desaceleração dos preços da habitação.

Destes 16 municípios, seis pertenciam à Área Metropolitana de Lisboa, com Almada a liderar com um recuo de 10,8 pontos percentuais, e cinco à Área Metropolitana do Porto, com a Maia a registar o maior recuo, de menos 6,4 pontos percentuais.

A desaceleração mais expressiva dos preços foi em Leiria, com um recuo de 12,4 pontos percentuais, e a ser o único município que registou uma redução homóloga dos preços no 4.º trimestre de 2020.

Em relação às subidas, o INE precisa que em oito municípios a aceleração dos preços entre o 3.º e 4.º trimestres de 2020 foi superior ao padrão nacional (mais 0,2 pontos percentuais), tendo sido mais acentuada na Amadora (mais 6,5 pontos), em Matosinhos (mais 4,5 pontos), Cascais e Braga (ambos com mais 4,0 pontos).

Em termos homólogos no quarto trimestre de 2020, o município do Porto registou a maior taxa de crescimento (mais 21,2%) enquanto no município de Lisboa a taxa foi nula.

A relação entre os valores da avaliação realizada pelos bancos para o crédito à habitação e os preços de habitação sugere menores valores relativos da avaliação nos municípios com preços medianos superiores a 960 euros por metro quadrado, adianta o INE.

 

 

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