A Casa da Arquitetura inaugura este sábado, dia 8 de maio, a exposição Radar Veneza – Arquitetos Portugueses na Bienal 1975-2021, que propõe uma análise crítica das muitas formas como Portugal democrático expôs e se expôs na mais prestigiada Bienal de Arquitetura do mundo, a Bienal de Arquitetura de Veneza, avança a Archdaily.
Com curadoria de Joaquim Moreno e Alexandra Areia, é a próxima grande exposição da Casa da Arquitetura (CA), que abre portas na Nave Central até 10 de outubro.
A mostra propõe uma viagem reflexiva sobre a participação portuguesa ao longo dos 46 anos representação nacional em Veneza, desde 1975 até aos nossos dias, refere a Casa da Arquitetura, na sua página oficial.
Recorde-se que a Direção-Geral das Artes (DGArtes) depositou na CA o acervo das representações portuguesas na Bienal de Arquitetura de Veneza e é sobre esse espólio que a exposição é trabalhada, reunindo projetos de alguns dos nomes mais considerados na arquitetura portuguesa, pode-se ler na sua página oficial.
Pode-se ler no texto curatorial da exposição que como o ciclo histórico da democracia portuguesa que observa, também este mecanismo promove a transparência das posições e dos vetores de movimento dos arquitetos portugueses, registando-os de forma autónoma através dos seus ecos involuntários.
Constrói-se assim um duplo eco: Por um lado o eco das transformações da Bienal de Veneza e da atenção que esta dá aos arquitetos portugueses e por outros o eco dos mecanismos de representação que Portugal ativa para se fazer representar, que começaram para uns em 2002 e para outros em 2004, e de toda a complexa narrativa do que aconteceu antes e ao redor destas representações.
A investigação organiza-se em três planos, note-se:
- A cronologia, o registo de todas as cintilações do radar;
- A história oral, o dar a palavra aos protagonistas dos eventos;
- O bairro Veneza, campo de desenhos levantados das arquiteturas que se sucederam em Veneza.
A cronologia colaborativa é o horizonte de todo o trabalho, pode-se ler no texto curatorial, o registo estruturante e aberto de uma história que começa a ser significante e pode informar os desafios do incerto futuro que imaginamos a partir deste presente confuso.
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