Entre as principais vantagens na decisão de construir uma casa de raiz, destacam-se a possibilidade de escolher e controlar a qualidade dos materiais utilizados, a oportunidade de deixar preparadas as bases para um dia aumentar a dimensão do imóvel, a facilidade de ir gerindo o orçamento, a hipótese de negociar com os fornecedores e ainda ter o benefício de personalizar ao detalhe cada recanto e função da casa.
A tudo isto acresce, também, a escolha exata da localização, sendo o principal fator diferenciador de uma habitação, bem como aquele que mais a valoriza.
Para dar esse passo com total confiança, é importante que tenha alguma experiência, para não ser apanhado desprevenido. Se está na fase de equacionar construir casa, a imobiliária ENTREPORTAS elaborou um guião com seis passos para saber quanto custa investir na construção de um imóvel e tudo aquilo de que precisa.
1. Terreno
Antes de avançar para a construção da casa, tem de procurar o terreno. Este pode ser o seu primeiro grande investimento e, nesse caso, deve ser bem aconselhado, nomeadamente sobre a sua capacidade de construção e a sua adequação à finalidade.
É igualmente importante que verifique se já existe corrente elétrica e saneamento básico. O ideal é optar sempre por um terreno que já possua todas as infraestruturas básicas.
2. Localização
É verdade que o preço varia consoante a concorrência do lugar (relação entre a oferta e a procura), afirma a ENTREPORTAS. Edificar uma casa com vista mar não terá certamente o mesmo custo que optar por uma propriedade rural, note-se.
Ainda assim, para a imobiliária esta é uma boa altura para investir em lugares menos óbvios, mas onde as acessibilidades são igualmente boas, a ligação à natureza é maior e onde é possível comprar o dobro dos metros quadrados por metade do preço.
3. Tamanho
Quanto maior for a habitação, mais elevada será a despesa associada. No entanto, não tem de construir a casa toda de uma vez, sobretudo se se tratar de uma segunda habitação.
Já a seleção dos materiais, se for realizada com conhecimento, poderá reduzir muito a fatura final, mesmo que a obra tenha um tamanho considerável.
Finalmente, pode optar por uma casa pré-fabricada. Ainda não é uma modalidade muito usada em Portugal, mas pode ser uma solução possível.
4. Mão-de-obra
O caminho mais rápido e mais simples é entregar o projeto a uma empresa de construção que se responsabilize por tudo ou então a empresas sectoriais, que assumam a responsabilidade por cada momento da obra, ainda que sempre acompanhadas e monitorizadas por si. A regra-chave é pedir sempre vários orçamentos antes de fechar contrato, sustenta a ENTREPORTAS.
5. Licenças
Antes de tomar qualquer decisão, deverá seguir o que refere o artigo 14 do decreto-lei 555/99, que estabelece o regime jurídico da urbanização e edificação. Ou seja, é a autarquia que vai avaliar qual a área a ser construída, sobre a qual ter de passar uma licença.
6. Financiamento
Note que a verba do crédito para a construção de habitação vai sendo disponibilizada, de forma faseada, à medida que as obras forem avançando.
Nestes casos também é comum beneficiar de um período de carência de capital, salienta a ENTREPORTAS, cujo prazo varia consoante as instituições bancárias, mas que pode chegar aos três anos.
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