Marina Gonçalves, secretária de Estado da Habitação, deixa o apela: "Vamos unir-nos para que a habitação não seja só um direito e sim uma prioridade, não só para o Governo, como também para a União Europeia". De forma a que a habitação acessível chegue a todos, é necessário que seja feito um esforço por parte do setor público e privado. Assim, "é (também) importante um esforço entre o IHRU e os municípios", defende a governante.
Para a secretária de Estado da Habitação, "a pandemia mostrou que devíamos ter começado este trabalho há muito mais tempo." Assim, Marina Gonçalves realça a importância de regular o mercado "e tirar lições do passado", sendo que a necessidade de criar "um modelo que dure no futuro e que tenha em conta uma política de continuidade" é imperativo.
Esta foi uma das principais ideias defendidas durante a conferência internacional sobre habitação “Dinâmicas e desafios da habitação” que a MatosinhosHabit e a Gebalis organizaram esta semana, avança a Vida Imobiliária. Para a secretária de Estado da Habitação, a resposta para disponibilizar mais habitação pública recai no esforço conjunto das várias entidades envolvidas, incluindo privados.
Em concordância, Paula Marques, Presidente da Associação Portuguesa de Habitação Municipal, reforçou a ideia de que tem de se "juntar o municipal, com o nacional, com o europeu, precisamos de uma plataforma que junte todas estas parcerias".
Para Sorcha Edwards, secretária geral da Housing Europe, é imperativo "pelo menos dobrar o número de habitações públicas que entregamos. 10 milhões de pessoas na Europa temem perder a sua habitação devido à pandemia." Faz ainda notar a necessidade "de inovar socialmente, responder às necessidades, e apresentar inovações técnicas, nomeadamente ao nível das alterações climáticas", refere a plataforma especialista no setor imobiliário.
Maria Helena Correia, Administradora da Gebalis, também oradora neste webinar, destacou que devem ser integrados novos modelos de habitação, bem como a habitação multifuncional, uma vez que "as casas não podem contribuir para o aumento das emissões ou para o consumo de energia, e têm de ajudar a combater os efeitos das alterações climáticas."
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