Casa vs. escritório: Estará para chegar um "terceiro espaço" de trabalho?
Quase 80% dos colaboradores gostariam de trabalhar num local diferente da sua casa e do escritório. De acordo com o novo estudo global da Accenture, mais de metade dos inquiridos disse que estaria mesmo disposto a pagar até cerca de 80 euros por mês para isso.
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A pandemia mudou a forma como as pessoas vivem, trabalham e socializam, levando mesmo a que surgisse um desejo de flexibilidade na forma e no local de trabalho. De acordo com o estudo global da Accenture, depois de mais de um ano de confinamento, 95% dos inquiridos indicaram que fizeram pelo menos uma mudança, que acreditam ser permanente, no seu estilo de vida. E trabalhar em casa foi uma das mudanças no comportamento que, provavelmente, se manterá a longo prazo. Mas, o que até agora se conhecia como dois espaços de trabalho, a casa e o escritório, a Accenture fala de uma nova tendência: um “terceiro espaço”, revela a Infofranchising, que avança com a notícia.
Mais de três quartos (79%) dos entrevistados da Accenture revelaram que gostariam de trabalhar ocasionalmente num terceiro espaço, ou seja, num local diferente da sua casa e do seu local de trabalho. Mais de metade disse que admitiu mesmo estar disposto a pagar até cerca de 80 euros por mês, para trabalhar num café, bar, hotel ou retalhista com um espaço próprio para o efeito, indica o estudo “Covid-19 Consumer Research”, elaborado pela consultora.
[79% dos entrevistados revelaram que gostariam de trabalhar num terceiro espaço]© Accenture
“Alguns hotéis transformaram os quartos em restaurantes pop-up, enquanto outros experimentaram oferecer escritórios temporários aos clientes que procuravam um terceiro espaço ’para trabalhar”, revela Emily Weiss, managing director e head of global travel industry group da Accenture.
Faz notar a Infofranchising que o desejo de trabalhar a partir de um "terceiro espaço" é acompanhado por uma mudança de atitude em relação às viagens de negócios, segundo os mesmos dados. Metade (46%) dos entrevistados afirma não ter planos de viagens de negócios após a pandemia ou pretender cortar a anterior frequência de viagens de negócios para metade.
“A pandemia forçou um ‘pragmatismo criativo’, especialmente junto das empresas de viagens e turismo, que lutam para encontrar fontes de receita adicionais durante a crise”, sustenta Emily Weiss.
Note que para os inquéritos do estudo COVID-19 Consumer Research da Accenture foram realizados cerca de 12.487 consumidores, em 19 países: Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Rússia, Arábia Saudita, Coreia do Sul, Espanha, Suécia, Suíça, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido, EUA.
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