Desenhar uma casa para a Mulher? Portugueses em 2.º lugar no concurso

Os alunos e ex-alunos da FA.ULisboa foram os segundos melhores a criar uma habitação que visa promover a igualdade de géneros como característica vital para um desenvolvimento rural sustentável. Este ano, o desafio do concurso internacional de arquitetura Kaira Looro 2021 foi a projetação de uma 'Casa das mulheres' no Senegal.

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© Kaira Looro 2021

Notícias ao Minuto
12/07/2021 09:16 ‧ 12/07/2021 por Notícias ao Minuto

Casa

Arquitetura

Alunos e ex-alunos da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa (FA.ULisboa) conquistam prata num concurso internacional de arquitetura aberto a estudantes e jovens arquitetos. De acordo com a plataforma Espaço de Arquitetura, que adianta com a informação, os ex-alunos David Gonçalves, João Dias, e os alunos Gonçalo Santos, Daniel Simões e Pedro Gomes da FA.ULisboa foram distinguidos com o 2.º lugar no concurso 'Kaira Looro 2021 – Casa das Mulheres'.

Note que o Kaira Looro é um concurso de arquitetura que visa descobrir novos talentos e adotar modelos arquitetónicos sustentáveis ​​para fins humanitários que visam a melhoria das condições de vida nos países em desenvolvimento.

Este ano, o desafio lançado foi a projetação de uma 'Casa das mulheres' em Baghere, no Senegal. Segundo a plataforma, a conceção desta casa tinha como finalidade a promoção da igualdade de géneros como característica essencial para um desenvolvimento rural sustentável. Assim, a arquitetura teria de constar com um espaço para a atuação das atividades de sensibilização, formação e desenvolvimento, tudo em nome da igualdade.

Desenhar um espaço para a Mulher é um exercício que vai muito para além da procura pela forma ou geometria mais apelativa. É, para nós, um exercício de natureza humanitária e social, revela a equipa em nota descritiva do projeto.

Assim, de acordo com os autores do projeto, foi proposto um edifício que proporcionasse acolhimento aos que o habitam, que cumprisse as expectativas de quem dele necessita e que, através da arquitetura, desempenhasse um papel decisivo na promoção da igualdade de género, da melhoria das condições de vida das mulheres e da sua emancipação, revelam os alunos e ex-alunos da Faculdade de Arquitetura de Lisboa.

Nesse sentido, o edifício foi pensado para servir não apenas esta causa social, mas também as comunidades que o rodeiam, faz notar a equipa. Em especial, as mulheres e crianças que necessitem de um refúgio seguro para ensinar, aprender e florescerem enquanto indivíduos, lê-se na nota descritiva a que o Espaço de Arquitetura teve acesso.

Apesar da simplicidade dos materiais e da construção, necessária para assegurar a sustentabilidade ambiental e viabilidade económica da proposta, o edifício é pautado por uma grande variedade de padrões e texturas. A riqueza nas ambiências, inspiradas na cultura e saberes locais, criam espaços dinâmicos e adequados aos desafios contemporâneos a que se propõe, sustenta a equipa do projeto.

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