ExpoDubai: Evento "vai ser uma oportunidade de grande visibilidade"

O gerente da loja portuguesa de decoração de interiores e mobiliário de luxo Frato no Dubai Mall, no Dubai, considera que a Expo 2020 Dubai "vai uma oportunidade de grande visibilidade".

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© Reprodução | Instagram | Frato

Lusa
21/08/2021 07:01 ‧ 21/08/2021 por Lusa

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"A Expo 2020 vai ser uma oportunidade de grande visibilidade: grande visibilidade para o Dubai, embora o Dubai já seja uma cidade com muita visibilidade, mas creio que vai atrair ainda mais turistas e, sobretudo, também investidores", afirma Ricardo Coelho em entrevista à Lusa.

O turismo "já havia bastante no Dubai e creio que os investidores vão aparecer ainda mais, a ideia é que haja um 'boom' ainda maior com a Expo 2020", que arranca em 01 de outubro, salienta o responsável.

A área de construção é muito forte no Dubai, o que impulsiona a área onde a Frato opera, o que tem um impacto positivo na empresa.

"Estamos a entrar no nosso quarto ano" no Dubai, altura em que abriram o 'showroom', em 2018, "temos três anos completos [...] e estamos para continuar", assevera Ricardo Coelho, que salienta que o negócio "tem corrido bem", apesar de não ser fácil chegar ao emirado como a empresa portuguesa fez.

"Chegámos e abrimos uma loja com o nome próprio assim" no Dubai Mall, um espaço comercial que atrai milhares de visitantes de várias origens.

"De qualquer forma, a Frato já era uma marca bastante conhecida, já tínhamos no Reino Unido" e "noutras localizações", prossegue, apontando que a empresa exporta 99% do que produz para "todos os países, aqui [Dubai] e à volta destes países", entre os quais Arábia Saudita, Kuwait, Qatar, o que ajudou "bastante".

Para este ano, a Frato tem a expectativa de faturar "acima dos três milhões de euros" no Dubai, "em torno de 25%" do que a empresa fatura globalmente.

"A pandemia foi complicada, apanhou toda a gente de surpresa, apanhou também o Dubai de surpresa e nós, como estamos aqui no Dubai Mall, claro que temos de seguir as regras" que o espaço comercial adota, refere.

Assim, a Frato esteve fechada durante "um mês", em abril de 2020.

"Tivemos de operar remotamente", o que "para quem tem um 'showroom' é relativamente difícil, mas ainda assim continuamos, tínhamos muitas encomendas, muito trabalho de design e alguns clientes em curso", aponta Ricardo Coelho.

"Felizmente pudemos reatar aqui as operações no mês seguinte e, aos poucos, creio que o Dubai também está a retomar, o mundo também está a voltar à normalidade e esperamos até fazer o nosso melhor ano de sempre este ano, 2021", afirma.

A pandemia de covid-19 afetou globalmente a Frato, mas em Portugal, como não tem 'showroom', o impacto não foi grande, porque tem operações de fábrica e "felizmente", salienta, tinha "muitas encomendas em curso".

Agora, "fomos afetados em Inglaterra, onde as nossas lojas fecharam durante bastante tempo".

Sobre a aposta da Frato no Dubai, Ricardo Coelho disse que a empresa de decoração de interiores e mobiliário de luxo já tinha "muitos clientes" na zona do Médio Oriente, marcando presença em feiras há "bastantes anos", nomeadamente na Maison et Objet, em Paris.

"Sempre tivemos muitos clientes e sempre fomos muito visitados por clientes do Médio Oriente, depois, dentro do Médio Oriente, o Dubai realmente revela-se como um 'hub' essencial, quer de passagem, quer enquanto uma das cidades de charneira aqui na região", explica.

"E a nossa ideia é que este seja o ponto de partida Frato aqui no Médio Oriente, embora a expectativa é expandirmos mesmo aqui na região", avança, admitindo haver "vários destinos, nomeadamente a Arábia Saudita, que é um mercado muito grande".

A Frato tem já "muitos clientes sauditas e é um dos mercados que estamos a olhar com atenção provavelmente para a expansão", admite o responsável.

Todos móveis, peças decorativas, candeeiros, entre outras peças de mobiliário e decoração, que estão na loja do Dubai Mall, um dos maiores centros comerciais do mundo, é feito em Portugal.

Ou seja, "100%, todos os nossos artigos de exposição são portugueses", assevera.

Embora as expectativas para o negócio no Dubai sejam positivas, o responsável salienta que em 2020 a faturação neste emirado teve uma quebra de cerca de 33%, devido ao fecho da loja e das dificuldades nas entregas por parte de Portugal para esta região, também impactadas pela pandemia.

"Aqui a qualidade é premiada e a qualidade do produto português é muito apreciado", remata Ricardo Coelho.

  • A Lusa viajou ao Dubai a convite da AICEP

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