Moratórias. Suspensão de pagamento de crédito termina dentro de um mês
A moratória pública irá chegar ao fim já no dia 30 de setembro e, com isso, surge o aumento da prestação do seu crédito da casa. E para a DECO só com "uma reestruturação do crédito e um aumento do prazo de amortização do empréstimo é que baixa a prestação", sendo então possível ajudar as famílias que não foram capazes de recuperar os rendimentos.
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Está previsto as moratórias públicas terminarem no dia 30 de setembro. E, de acordo com a lei, surge também o aumento da prestação do seu crédito habitação. Ainda assim, as famílias que só aderiram a esta moratória este ano e ainda não tinham beneficiado deste apoio, poderão usufrui-lo até ao final de 2021, recorde-se.
"Quem ainda não foi contactado pelas instituições financeiras, deverá tomar essa iniciativa", começa por revelar Ana Passos, da DECO, em entrevista à RTP.
"Por isso é que seria importante que a banca fosse flexível, e tentasse encontrar junto com o consumidor, uma solução que resolvesse o problema orçamental das famílias", reforça.
Recorde-se que a DECO PROTESTE propôs a criação de um regime transitório de proteção ao consumidor que permitisse encontrar alternativas, com a duração máxima de dois anos, sujeito a reavaliações semestrais.
"O que as famílias estão a pedir neste momento, é mais algum tempo para poder equilibrar a situação económica financeira", destacando que caso estas famílias não consigam pagar, a prestação do seu crédito habitação, a partir do dia 1 de outubro, "deverão ser integradas no PARI ou no PERSI."
Em causa está o decreto-lei do Governo que reforça mecanismos de prevenção e gestão de incumprimento dos clientes bancários: o PARI (plano de ação para o risco de incumprimento) e o PERSI (procedimento extrajudicial de regularização de situações de incumprimento). Sendo esta iniciativa é uma resposta ao fim das moratórias de crédito, previsto para o final do mês de setembro.
À pergunta que solução é que pode ser aqui preconizada, Ana Passos considera que só com "uma reestruturação do crédito e um aumento do prazo de amortização do empréstimo é que baixa a prestação", sendo então possível ajudar as famílias que não foram capazes de recuperar os rendimentos.
De acordo com o Banco de Portugal, são, neste momento, 243 mil as pessoas que têm moratórias de crédito (14.200 milhões de euros). E 95% destas moratórias tem haver com o crédito à habitação.
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