Crédito à habitação: Só há um banco a cobrar cinco comissões iniciais
Em média, num processo de crédito à habitação, são cobradas três comissão iniciais (abertura do crédito, avaliação do imóvel e formalização do contrato). Contudo, o Bankinter cobra cinco comissões diferentes. Já a Caixa Geral de Depósitos e o UCI cobram quatro.
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Casa Crédito à habitação
Se está a pensar em recorrer a um crédito à habitação para comprar casa, saiba de que o preço do imóvel é apenas uma parcela de todos os custos a suportar. Isto porque deverá igualmente pesar os juros, os impostos, os seguros e eventuais encargos com outros produtos contratados no banco. Mas não é tudo. A somar à fatura final estão as comissões iniciais.
De acordo com a DECO Proteste, em média, num processo de crédito à habitação, são cobradas três comissão iniciais (abertura do crédito, avaliação do imóvel e formalização do contrato). Tirando a última, as restantes têm de ser pagas independentemente de o crédito ser ou não aprovado, salienta a defesa do consumidor.
Ainda que a maioria dos bancos divida as suas comissões iniciais associadas ao crédito à habitação em três, há quem opte por cobrar apenas duas (estudo e avaliação) e os que distribuem os custos por quatro ou cinco comissões diferentes. É o caso do Bankinter que cobra cinco comissões. Já a Caixa Geral de Depósitos e o UCI cobram quatro.
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Para a defesa do consumidor, embora estes custos tenham obrigatoriamente de constar na Ficha de Informação Normalizada Europeia (FINE), a disparidade das designações das comissões iniciais entre bancos dificulta a perceção sobre o montante total, como também a comparação de diferentes propostas de crédito.
Assim, para tornar este processo mais "transparente", a DECO defende a simplificação destas comissões, sendo que estes encargos deveriam estar divididos em apenas duas comissões, uma, referente à avaliação do imóvel, e outra, aos restantes custos.
Já no caso da comissão de avaliação do imóvel, a DECO continua a reivindicar a sua portabilidade. Ou seja, a mesma avaliação deveria ser válida em mais do que um processo de concessão de crédito, durante um determinado período. Isto porque quem solicita a viabilidade de um empréstimo em mais do que um banco, tem de suportar este custo.
Estas reivindicações já foram enviadas ao Banco de Portugal e ao Ministério das Finanças, segundo informa a defesa do consumidor.
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