Depois de um ano de a plataforma europeia de arrendamento de casas a médio prazo Flatio ter adquirido as operações da NomadX, marketplace português de habitação para trabalhadores remotos e nómadas digitais, subiu o seu rendimento total em 70%. Só em Portugal, os proprietários tiveram reservas no valor de mais de 12,1 milhões de euros. De acordo com o comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, o nosso país é agora o principal mercado para esta plataforma, reforçando assim o seu posicionamento como o local favorito dos profissionais e estudantes estrangeiros para viver.
Segundo a mesma nota, Portugal é cada vez mais o local de eleição para trabalhadores remotos de várias nacionalidades, sendo que Lisboa é o melhor lugar a nível mundial para os nómadas digitais se estabelecerem. Em 2.º e 3.º lugares surgem o Porto e a Ericeira e em 10.º lugar está a Madeira.
Em apenas um ano, o arranque da empresa checa cresceu 101% no seu número de senhorios ativos e 41% no número de reservas. Portugal tornou-se o principal mercado para a plataforma, tendo crescido no último ano mais de 8000%, ultrapassando o seu mercado mais antigo (República Checa). Lisboa é hoje um dos principais destinos dos utilizadores da Flatio, na Europa, juntamente com Praga e Budapeste, lê-se no documento.
"O mercado português superou completamente as nossas expectativas. Na altura da aquisição, sabíamos que era um mercado promissor. Mas este acabou por se transformar num passo muito mais importante para nós, pois conduziu a um aumento muito relevante das receitas, de proprietários ativos e e de reservas, crescendo de forma constante, a mais de 100%, numa base mensal", admite Radim Rezek, CEO da Flatio.
Quem faz mexer os arrendamentos de média duração em Portugal?
De acordo com o documento, os utilizadores dos EUA, Reino Unido e Alemanha são os que mais arrendam em Portugal (por períodos de 1-12 meses). As três cidades mais populares em Portugal são Lisboa, Porto e Funchal. A Madeira tem representado um mercado especialmente interessante. Por isso, a Flatio está a apoiar os proprietários da região durante este ano, para fazer crescer o número de nómadas digitais, em parceria com os Digital Nomads Madeira.
O processo de aquisição das operações da NomadX, em outubro de 2020, ajudou a Flatio a promover os seus serviços aos nómadas digitais e aos trabalhadores remotos em geral. Isto porque a pandemia fez com que o trabalho remoto fosse cada vez mais uma tendência, representando uma oportunidade para o mercado de arrendamento a médio prazo, uma vez que os hóspedes querem ficar durante mais tempo num mesmo local e os anfitriões querem prolongar os períodos de reserva.
De realçar que a empresa transformou-se num negócio totalmente remoto, sendo parte da equipa constituída por antigos funcionários da NomadX, juntando-se, entretanto, novos colaboradores para apoio ao cliente e gestão.
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