No 2.º trimestre de 2021, a variação homóloga dos preços aumentou em 9 dos 11 municípios com mais de 100 mil habitantes da Área Metropolitana de Lisboa tendo esta aceleração sido superior à verificada a nível nacional (+3,7 p.p.) em Lisboa (+9,3 p.p.), Setúbal (+7,1 p.p.), Vila Franca de Xira (+7,0 p.p.) e Cascais (+4,7 p.p.), informa o INE. De acordo com os dados hoje divulgados, Lisboa recuperou da variação negativa dos preços da habitação, mas registou um crescimento homólogo (+1,4%) inferior ao nacional (+6,8%).
Segundo o instituto de estatística, entre os seis municípios com mais de 100 mil habitantes da Área Metropolitana do Porto, Maia (+6,7 p.p.) e Gondomar (+6,3 p.p.) apresentaram também uma aceleração dos preços superior à do país.
Em sentido oposto, Porto (-11,6 p.p.) e Oeiras (-6,4 p.p.) registaram as reduções mais significativas das taxas de variação homóloga, entre os municípios das áreas metropolitanas, pode ler-se nas Estatísticas de Preços da Habitação ao nível local divulgadas esta quinta-feira pelo INE.
No período em análise, 48 municípios apresentaram um preço mediano superior ao valor nacional, localizados maioritariamente nas sub-regiões Algarve (14 em 16 municípios) e Área Metropolitana de Lisboa (16 em 18).
O município de Lisboa (3.318 €/m2) registou o preço mais elevado do país. Verificaram-se também valores superiores a 2.000 €/m2 em Cascais (2.894 €/m2), Oeiras (2.460 €/m2), Loulé (2.326 €/m2), Porto (2.244 €/m2), Albufeira (2.094 €/m2), Odivelas (2.058 €/m2), Lagos (2.026 €/m2) e Tavira (2.022 €/m2), os mesmos municípios que no trimestre anterior.
A Área Metropolitana de Lisboa, o Algarve, a Área Metropolitana do Porto, a Região de Coimbra, o Alentejo Central e a Região Autónoma da Madeira, tal como no trimestre anterior, apresentaram diferenciais de preços entre municípios superiores a 1.000 €/m2, mostram os mesmos dados.
Já ao nível nacional, recorde-se, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1.268 euros por m2, representando uma taxa de variação homóloga de +6,8% (+3,1% no trimestre anterior), no mesmo período em análise.
Esta aceleração dos preços verificou-se também nas sub-regiões com preços medianos da habitação superiores ao do país, Região Autónoma da Madeira (+10,1 p.p.), Área Metropolitana de Lisboa (+5,6 p.p.) e Área Metropolitana do Porto (+0,4 p.p.), com exceção do Algarve (-0,5 p.p.), afirma o INE.
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