O mercado imobiliário em Portugal está em fase de recuperação da trajetória de crescimento face ao período anterior à pandemia. De acordo com os dados da consultora imobiliária Savills, enviados em comunicado ao Notícias ao Minuto, de janeiro até ao momento, esse mercado ficou avaliado nos 1,1 mil milhões de euros, e estima-se que esse valor consiga atingir a marca dos 2 mil milhões até ao final do ano. No 3.º trimestre, o mercado imobiliário alcançou um volume de investimento de 534 milhões de euros.
Segundo a mesma análise, desde o início do ano, o segmento de escritórios tem liderado o aumento do mercado imobiliário, com uma representatividade de 36%, seguido de perto pelo setor de hospitality, com uma quota de mercado de 20%.
Em sentido contrário, o setor do retalho é o que mais tem sofrido com os efeitos do contexto pandémico, a representar 8% no mercado imobiliário nacional, em análise YTD (year-to-date), lê-se no documento.
No que concerne ao investimento estrangeiro, este representou mais de 80% do total de transações fechadas nos primeiros nove meses do ano, registando-se uma maior presença de investidores oriundos de França, Reino Unido e Espanha. No entanto, o investimento doméstico tem vindo a aumentar, impulsionado por fundos de gestão de investimentos e investidores privados interessados em adquirir produtos dos segmentos de escritórios e retalho.
Ainda no 3.º trimestre de 2021, as 'prime yields' de escritórios mantiveram-se estáveis nos 4%. Já as yields de centros comerciais passaram de 5,25% para 5,5%. No entanto, é esperada uma intensificação da procura por estes espaços, salienta a Savills.
Quanto ao segmento da Indústria e da Logística, observou-se, entre julho e setembro, a compressão das yields, fruto de níveis sem precedentes de ocupação, alimentados pelo crescimento do comércio 'online', faz ainda sobressair a consultora imobiliária. Quanto a este setor, prevê-se que o crescimento dos volumes de investimento continue a ser pressionado pela escassez da oferta.
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