A Savills, consultora imobiliária internacional, realizou um estudo onde mostra que o mercado de escritórios de Lisboa e do Porto está a começar a dar "sinais de recuperação." Em análise enviada aos jornalistas, a consultora revela que, em setembro, os segmentos de escritórios registaram níveis de absorção superiores aos registados no mês correspondente de 2020, com volumes de 'take-up' de 6.341 m2 na capital (face aos 4.642 m2, em 2020) e de 8.071 m2 na Invicta (face aos 7.515 m2, em 2020).
Segundo o mesmo relatório, a que o Notícias ao Minuto teve acesso, desde o início do ano, o segmento de escritórios de Lisboa já absorveu mais de 80 mil m2, uma diminuição de 21% face aos primeiros nove meses de 2020.
Ainda na capital, registou-se cerca de 93 operações fechadas, verificando-se um maior dinamismo na zona CBD, em que se concluíram 28 transações. O setor das 'TMT & Utilities' mantém a maior percentagem (27%) do volume de 'take-up' de escritórios na capital, seguido pelo ramo dos serviços financeiros.
A presença das novas empresas no mercado de escritórios até setembro subiu 92% da sua representatividade no volume total. Cerca de 58% das novas empresas que estrearam no mercado de escritórios nos primeiros nove meses do ano são do setor das TMT.
Quanto a projetos em desenvolvimento, estima-se que entrem no mercado de escritórios da capital cerca de 48.500 m2 de novos espaços, até ao final do ano, sendo que 11 mil m2 já se encontram pré-arrendados, dá ainda conta a consultora imobiliária.
E no Porto?
Já na cidade Invicta, entre o primeiro e o terceiro trimestre, o volume de 'take-up' de escritórios conseguiu ultrapassar os valores observados em igual período de 2019, mas ainda se mantém aquém dos registados em 2020.
No entanto, o desempenho nos meses de agosto e setembro regista uma recuperação para o último trimestre do ano. Aqui, a consultora destaca a zona Boavista CBD que representa 55% to volume total de 'take-up' de setembro.
Entre janeiro e setembro, foram concluídas 40 operações na região do Porto, um aumento de 6% face a 2020. Comparando com período homólogo, o setor da Construção e Imobiliário registou o maior aumento da taxa de 'take-up' de escritórios, com uma subida de 234%.
Por fim, a aquisição de novos espaços para expansão foi o principal motor do crescimento do volume de 'take-up' de escritórios no Porto, lê-se no documento.
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