No ano passado, o preço médio de casas à venda anunciadas no Imovirtual foi de 362.870 euros. Esse valor traduz um aumento de 5,1% em relação a 2020, quando o preço médio rondava os 345.412 euros, e de 11,8% em relação a 2019 (324.559 euros), pode-se ler no comunicado do portal, enviado às redações.
"O preço de venda tem vindo a aumentar desde 2019, altura em que o mercado imobiliário teve alterações e dinâmicas, devido às novas necessidades e tipo de procura que surgiram com a pandemia. Tal aconteceu em 2020 e 2021 manteve essa tendência", começa por revelar Ricardo Feferbaum, Diretor Geral do Imovirtual, citado em comunicado.
Segundo o mesmo documento, a que o Notícias ao Minuto teve acesso, Lisboa (578.083 euros), Faro (479.300 euros), Região Autónoma da Madeira (359.513 euros) e Porto (323.016 euros) foram os distritos com os preços das casas mais caros no ano passado. Em sentido inverso, Guarda (112.759 euros) e Portalegre (117.845 euros) foram os locais mais baratos para comprar casa.
O aumento de preço mais significativo foi visto em Évora, com o preço médio a passar de 204.690 euros para 238.373 euros (16,5%). Seguiram-se a Madeira (10,5%), Aveiro (9,8%), Beja (9%) e Braga (8,6%).
Por sua vez, Guarda e Portalegre foram os únicos distritos a registar uma descida de valores em relação a 2020 (-8% e -3,3%, respetivamente) e a 2019 (-14,5% e -22,4%, pela mesma ordem), lê-se no documento.
Nesta senda, faz ainda sobressair o portal que, comparativamente com 2019, é também em Évora que se verifica o maior aumento do preço médio (33,1%), que nesse ano era de 179.081 euros. Em segundo lugar surge Aveiro (18,6%) e em terceiro lugar Setúbal (16,9%).
E no mercado de arrendamento?
Segundo o Imovirtual, o preço médio de arrendamento anunciado no portal foi de 1.017 euros em 2021, uma diminuição face a 2020 (-5,8%), quando o valor era de 1.080 euros. A diferença é ainda mais significativa quando comparado com 2019 (-18,1%), quando a renda média era de 1.242 euros.
"Em relação ao arrendamento, há uma diminuição dos preços, que pode estar associada, por um lado, à maior oferta, mas também à mobilidade interna possibilitada pelo trabalho remoto, pois as maiores quebras registam-se nas grandes capitais", explica o responsável.
Em 2021, Lisboa (1.264 euros), Porto (935 euros), Madeira (875 euros) e Faro (833 euros) foram os locais mais caros para arrendar casas. No entanto, as rendas na capital portuguesa registaram a segunda queda mais acentuada (-9%), passando de 1.389 euros para 1.264 euros.
O distrito que registou o maior aumento do valor médio de renda foi a Guarda (21,1%). Já o decréscimo mais alto das rendas em 2021, face ao ano anterior, registou-se em Beja (-9,5%), descendo de 557 euros para 504 euros, divulgam os mesmos dados.
Relativamente a 2019, a Guarda foi também o distrito com maior aumento de renda (18,7%), que nesse ano se fixava nos 358 euros. Santarém também registou uma subida (11,8%), assim como Portalegre (11,6%).
Por seu lado, o decréscimo mais significativo das rendas, em comparação com 2019, ocorreu em Lisboa (20,3%), onde a renda nesse ano era de 1.586 euros. Seguem-se Porto (16,7%) e Bragança (15,9%).
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