Contactado pela agência Lusa a propósito de um comunicado hoje enviado às redações, o presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, adiantou que a intervenção agora concluída, num investimento superior a 150 mil euros, vem garantir "de forma direta" a segurança "de 10 casas, a maior parte situada na parte de cima do talude", localizado na Rua do Tostado.
"Também havia perigo para os transeuntes daquela rua. Se acontecesse alguma coisa enquanto passassem pessoas ou veículos seria uma tragédia. O objetivo da obra foi afastar o risco iminente", explicou Miguel Alves.
A empreitada consistiu na aplicação de rede de proteção do talude naquela rua, "em risco permanente" de derrocada, um "problema que vinha sendo denunciado há algum tempo e teve agora a intervenção técnica necessária".
"A empreitada foi levada a cabo por uma empresa especializada em situações semelhantes e teve um custo global de 146.900 euros, mais IVA, assumidos integralmente pelo município", sustenta a nota.
"Estas obras não são espetaculares, não dão muitos aplausos e não são muito lembradas como legado, mas são fundamentais para a segurança de pessoas e bens e, por isso, absolutamente prioritárias. A parte norte da Rua do Tostado conta com uma encosta a nascente tão espetacular quanto assustadora e, depois de percebermos que havia pedras e terras a deslizar nos últimos anos, tínhamos que dar um impulso na obra e na proteção das casas que ali existem", realçou o autarca socialista, citado na nota.
Miguel Alves disse tratar-se de "um investimento grande, que num contexto de fundos comunitários poderia dar para fazer uma empreitada de um milhão de euros".
"Como se sabe, este tipo de obras não tem financiamento europeu, mas é um investimento certo e necessário porque pode salvar vidas. Só por isso vale a pena, e a freguesia de Moledo certamente que reconhece esse trabalho", apontou.
O presidente da Junta de Moledo e Cristelo, Joaquim Guardão, também citado na nota, referiu que a situação em que se encontrava o talude "era preocupante" para a freguesia.
"Lembro-me que, no passado, parte daquela barreira caiu e derrubou o muro da residência paroquial. Na altura, a preocupação era saber se havia vítimas mortais".
Para Joaquim Guardão, "a situação na Rua do Tostado era uma das suas maiores preocupações, até porque a vegetação ocultava a situação real".
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