A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) alertou, na quinta-feira, que com a subida da Euribor é necessário reajustar os hábitos de consumo, de modo a ter uma vida financeira bem preparada para lidar com potenciais imprevistos.
"A DECO Associação alerta que é tempo de reajustar hábitos de consumos, repensar despesas, necessidades e prioridades, promovendo uma vida financeira mais robusta, preparada para acautelar imprevistos", explica, numa publicação na rede social Facebook.
Para ajudar neste processo, a DECO recomenda que "defina com toda a família uma estratégia para a redução das despesas, renegociando contratos e promovendo a adoção de comportamentos para gastar menos".
A Euribor a três meses entrou, na quinta-feira, em terreno positivo pela primeira vez desde 21 de abril de 2015, ao ser fixada em 0,002%, mais 0,054 pontos do que na quarta-feira e um máximo desde maio de 2015.
A média da Euribor a três meses subiu de -0,386% em maio para -0,239% em junho.
A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, subiu hoje para 0,448%, mais 0,085 pontos e um novo máximo desde outubro de 2012.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
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