Em comunicado, a Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA) refere que este resultado "confirma as perspetivas de retoma do crescimento que o 'cluster' vinha a registar na última década, mesmo com os impactos da pandemia, com um crescimento de 5% face ao primeiro semestre de 2019".
Segundo sustenta, estes números "revelam a consolidação da tendência de afirmação internacional dos setores, com destaque para os mercados francês, espanhol e americano".
Assim, entre os meses de janeiro e junho de 2022, as empresas do 'cluster' do mobiliário e afins somaram quase 1.000 milhões de euros em vendas ao exterior, superando em 9% os valores registados em igual período no ano anterior, tendo os principais mercados comerciais do 'cluster' demonstrado "um desempenho positivo quando comparados com o ano anterior".
França, responsável por 33,84% das exportações nacionais, importou mais 6,66% face ao igual período em 2021, seguindo-se Espanha, com uma quota de 24,60%. Já o mercado americano manteve-se como o terceiro mais relevante, ao registar uma variação homóloga de 38,66%, seguindo-se a Alemanha (4,70%) e o Reino Unido (20,42%).
Citado no comunicado, o presidente da APIMA afirma-se "satisfeito com os resultados alcançados, numa conjuntura particularmente desafiante, pautada pela escassez de matérias-primas, pelos custos de produção e de transporte".
"Não podemos, contudo, acreditar que estas condicionantes não afetarão seriamente a atividade económica deste 'cluster'", ressalva Joaquim Carneiro.
"Por outro lado, a retoma dos grandes certames internacionais, como a Maison&Objet, a Tortona Design Week ou o Portugal Home Week, está a revelar-se extremamente positiva para o 'cluster', ao permitir que apresente a excelência da produção nacional e a complementaridade da sua oferta internacionalmente", acrescenta, salientando tratar-se de "um 'cluster' altamente exportador e que vê nas feiras uma enorme possibilidade de fechar negócios com os seus clientes".
Até junho, o saldo da balança comercial do setor "manteve-se substancialmente positivo", nos 401 milhões de euros, com uma taxa de cobertura das importações pelas exportações de 169%.
"Assim -- destaca a associação -- "o 'cluster' do mobiliário e afins constitui um dos mais exportadores da economia nacional, com cerca de 90% da produção a ser destinada aos mercados estrangeiros".
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