"O estudo anual revela que embora a construção tenha sido considerada uma atividade essencial na maioria dos países no ano passado, o crescimento global deverá desacelerar de 6,1%, em 2021, para 3,6% em 2022 e 2023", refere o Global Powers of Construction (GPoC), da Deloitte, hoje divulgado.
Num comunicado hoje divulgado, a Deloitte regista que as previsões económicas para a indústria da construção "abrandaram devido aos efeitos da pandemia da covid-19 e, mais recentemente, da guerra na Ucrânia, principalmente na Europa".
A consultora assinalou que a Rússia e a Ucrânia são "os principais fornecedores de aço" no continente e alertou para o "impacto significativo nos preços da energia" devido às interrupções no fornecimento de petróleo e gás.
"Perspetiva-se que este setor manterá a sua resiliência, devendo-se, no entanto, manter focado em enfrentar os impactos da falta de matéria-prima, aumento generalizado de preços e uma mudança para modelos mais sustentáveis", apontou a sócia da Deloitte e Líder do setor Energy, Resources & Industrials Sofia Tenreiro, citada no comunicado.
As 100 maiores empresas de construção do mundo geraram receitas próximas dos 1,82 biliões de dólares em 2021, mais 14,1% que no ano anterior.
Entre esta centena de empresas, a Mota-Engil é a única representante portuguesa, ocupando a posição 77 - caindo uma posição face a 2020.
A China (54,5%) concentra as maiores empresas em termos de receita, seguindo-se Japão (10,4%), Estados Unidos (8,1%), França (6,9%) e Coreia do Sul (4,4%). A maior economia asiática soma duas empresas entre as dez com maior capitalização de mercado e quatro entre as 10 com mais vendas internacionais.
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