Os dados foram divulgados esta tarde durante uma audição da administração da Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) na Assembleia Municipal de Lisboa, na qual participou também a vereadora responsável por acompanhar a atividade desta empresa, Filipa Roseta.
"Neste momento, a SRU fica exuberante e extremamente feliz quando consegue consignar uma obra. As dificuldades que temos estado sujeitos têm sido imensas. Temos vindo a verificar que os empreiteiros fazem propostas acima do valor base, litigam entre eles. Os senhores não fazem ideia a felicidade com que a gente começa uma obra neste momento", afirmou aos deputados municipais o administrador Gonçalo Costa.
Apesar destas dificuldades, a SRU perspetiva para este ano uma taxa de execução de 88%.
Durante cerca de uma hora, o administrador deu conta de algumas obras em curso e outras ainda em fase de projeto, referentes a habitação, centros de saúde, escolas e creches e espaço público, prevendo um orçamento para os anos 2023-2026 de 457 milhões de euros.
De acordo com os dados apresentados, na área de habitação encontram-se ativos 20 projetos, dos quais um deles já está concluído.
Neste âmbito destaca-se para o ano de 2023 o lançamento de concursos para a construção de 239 fogos na zona de Marvila e de 68 em Entrecampos.
No próximo ano prevê-se também a reabilitação de património disperso devoluto nas freguesias do Lumiar, Arroios, Benfica, Ajuda e Marvila.
No que diz respeito a centros de saúde e outros equipamentos, a Câmara de Lisboa prevê para 2023 a conclusão das empreitas das unidades de saúde de Alcântara, Sapadores/Graça, do Museu da Moda e do Design e do Pavilhão Azul.
Relativamente a escolas e creches, as principais ações previstas para 2023 são a conclusão das empreitadas das escolas básicas de Santo Condestável, Infante D. Henrique, Arquiteto Gonçalo Ribeiro Teles, Manuel Teixeira Gomes e Santo Amaro.
Prevê-se igualmente o lançamento ou início de empreitada das escolas Santa Isabel e 72 da Estrela, das creches André Gouveia, Almada Negreiros, Quinta dos Ourives e Rua 17 da Encarnação e o Jardim de Infância do Arco Cego.
Já no âmbito do espaço público, as principais empreitadas sinalizadas pela administração da SRU dizem respeito à requalificação do Largo do Rio Seco e da reabilitação do aterro e construção do altar-palco, para acolher no próximo ano a Jornada Mundial da Juventude.
A SRU foi constituída pela Câmara de Lisboa em 2004, sendo o respetivo capital integralmente detido pelo município e tendo como objeto social inicial a promoção da reabilitação urbana das freguesias de Santa Maria de Belém, Ajuda e Alcântara.
Com a alteração estatutária de 2014, a SRU passou a executar intervenções de reabilitação e regeneração urbana no âmbito do espaço público, infraestruturas e edifícios e não apenas na sua área de intervenção, mas em qualquer local dentro da ARU de Lisboa, segundo informação que consta na página da internet da empresa.
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