Encargos com compra de casa recuam 8,6% e rendas sobem 42,1%

O valor médio mensal dos encargos dos proprietários com compra de casa recuou 8,6% entre 2011 e 2011, para 360,5 euros, enquanto a renda média dos alojamentos arrendados aumentou 42,1%, para 334 euros, segundo os Censos 2021.

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Lusa
23/11/2022 13:44 ‧ 23/11/2022 por Lusa

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Censos 2021

De acordo com os 'Resultados Definitivos do VI Recenseamento Geral da Habitação - Censos 2021', esta quarta-feira divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), "a maioria dos proprietários (61,6%) não tem encargos financeiros relacionados com a aquisição da habitação", sendo que, "nos 38,4% alojamentos com encargos de compra, o valor médio mensal dos encargos era de 360,5 euros, um valor que decresceu comparativamente a 2011" (395 euros).

Regionalmente, é na Área Metropolitana de Lisboa que os custos médios suportados pelos proprietários com a aquisição da habitação são mais elevados (397 euros), seguindo-se a Região Autónoma da Madeira (394 euros) e o Algarve (374 euros).

As restantes regiões apresentam valores médios abaixo da média nacional, salientando-se o Alentejo, que apresenta o valor mais baixo (328 euros).

Segundo o INE, "o decréscimo dos encargos com aquisição de casa própria verificou-se em todas as regiões, com especial incidência na Autónoma dos Açores (o decréscimo do valor médio mensal dos encargos foi de 21,9%) e na Região Autónoma da Madeira".

Já no que diz respeito aos alojamentos arrendados, o valor médio mensal da renda era de 334 euros em 2021, o que representa um acréscimo de 42,1% face aos 235 euros registados em 2011.

Os dados definitivos do Censos 2021 evidenciam que este aumento do valor médio mensal da renda se verificou em todas as NUTS II, sendo na Área Metropolitana de Lisboa que o valor das rendas de casa é mais elevado (valor médio mensal de 403 euros).

"Refira-se ainda, que é no Alentejo que o custo com o arrendamento das casas é mais baixo, com um valor médio de 261 euros de renda mensal", acrescenta.

Ainda de acordo com os Censos 2021, a maioria (64,5%) dos edifícios destinados à habitação não necessitavam de reparações e, dos edifícios que necessitavam de reparações, em 21,8% eram ligeiras, em 9,4% médias e em 4,6% profundas.

O INE diz não se verificarem "grandes discrepâncias" a este nível em termos de NUTS II, sendo a região do Algarve a que apresenta maior percentagem de edifícios sem necessidade de reparações (70,7%).

Pelo contrário, "o parque habitacional com estado de conservação menos favorável é o da Região Autónoma da Madeira, com 43,0% dos edifícios a necessitarem de alguma intervenção".

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