O antigo edifício, situado na zona industrial da Pedrulha, com uma área coberta de mais de 12.000 metros quadrados, foi adquirido no final de 2019 por cerca de um milhão de euros pela Lugrade - Bacalhau de Coimbra.
"A intenção inicial era utilizá-lo em parte para a nossa atividade, só que, entretanto, com o investimento que fizemos e que estamos a terminar em Casais do Campo [terceira unidade], decidimos que não seria", adiantou à agência Lusa Vítor Lucas, que divide a gestão da empresa com o irmão Joselito Lucas.
Apesar de o projeto estar ainda em pré-análise, os dois irmãos pretendem criar um espaço com "capacidade para Coimbra receber serviços que às vezes não tem", aproveitando o facto de uma parte das instalações possuir um edifício com nove pisos, com cerca de 500 metros quadrados cada.
Salientando o potencial "enorme" da antiga fábrica, que deixou de laborar em 2001, Vítor Lucas deixou bem claro que "não está bem definido" o que vai ser feito no local da antiga fábrica e mostrou-se aberto "a parcerias com outras empresas, "no sentido de decidir quais as atividades que se podem ali colocar".
"O nosso objetivo é de facto reabilitar e deixar um espaço de preferência aberto à cidade. Temos intenção que tenha eventualmente uma parte comercial e de restauração, que seja agradável para alguém que queira sair da cidade, que queira ir jantar ou almoçar e ter um espaço onde possa estar, com uma esplanada e umas vistas fantásticas sobre os campos do Mondego", sublinhou.
Segundo Joselito Lucas, as antigas instalações poderão também acolher um "polo de arte urbana, através de apresentações de arte ligadas ao mar e à sustentabilidade, que pode ser a única ligação do espaço à atividade principal da empresa (salga, secagem, demolha e ultracongelação de bacalhau)".
"Pensamos utilizar a arte para haver alguma ligação ou mesmo a colocação de um museu ligado à nossa empresa. Esta poderá ser a única ligação do espaço à nossa atividade principal", precisou.
A Lugrade - Bacalhau de Coimbra exporta para 22 países do mundo, desde a Alemanha ao Canadá, passando pelo Brasil, embora Portugal seja o principal mercado, e prevê faturar este ano cerca de 40 milhões de euros.
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