2023 está à porta e, com ele, vem um aumento dos preços. Rendas, eletricidade e gás são algumas das despesas que vão pesar mais no próximo ano. Fique a par das principais mudanças.
Rendas
As rendas só poderão subir, a partir de janeiro, até 2%, depois de o Governo ter publicado uma lei nesse sentido, em Diário da República, em outubro, no âmbito das medidas de mitigação do impacto da subida dos preços.
Nos termos da lei n.º 19/2022, "durante o ano civil de 2023 não se aplica o coeficiente de atualização anual de renda dos diversos tipos de arrendamento previsto no artigo 24.º da lei n.º 6/2006, de 27 de fevereiro", sendo o coeficiente a vigorar nos diversos tipos de arrendamento urbano e rural abrangidos de 1,02, "sem prejuízo de estipulação diferente entre as partes".
Ainda assim, o coeficiente de atualização das rendas definido para 2023 (1,02) é o mais alto dos últimos nove anos. Em 2022, foi aplicado um coeficiente de 1,0043 e em 2021 de 0,9997.
Eletricidade
O preço da eletricidade em mercado regulado aumenta 1,6% em janeiro de 2023, em relação a dezembro, sendo que a subida ascenderá a 3,3% face à média deste ano, valores superiores aos propostos em outubro, anunciou a ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.
No mercado liberalizado, a EDP Comercial anunciou que vai aumentar em cerca de 3%, em média, o valor da fatura da eletricidade dos clientes residenciais, a partir de 1 de janeiro, refletindo a volatilidade do custo de aquisição de energia.
Por sua vez, a Endesa prevê manter o valor global das faturas de eletricidade dos clientes em 2023, passando a incluir o custo do mecanismo ibérico, mas reduzindo os preços da eletricidade, avisou a empresa em nota aos clientes. A Iberdrola informou que a fatura de eletricidade dos clientes vai descer, em média, 15% em 2023, referindo que esta redução "aplica-se às componentes de energia e custos de acesso". Excetua-se "naturalmente impostos, taxas e outros valores definidos pelo Estado", acrescentou a Iberdrola, em comunicado.
A Galp vai reduzir as faturas da eletricidade em cerca de 11%, em média, a partir do início de 2023, adiantou fonte oficial à Lusa. Assim, disse a mesma fonte, "para um consumo médio de uma família tipo com dois filhos, a mais comum na carteira de clientes da Galp, esta atualização irá traduzir-se numa descida média de 3,5 euros a seis euros" por mês.
Gás
A fatura do gás natural vai aumentar, a partir de janeiro, cerca de 3% para os clientes mais representativos do mercado regulado, depois de um desvio nas previsões dos preços de aquisição, anunciou a ERSE. Num comunicado, a entidade referiu que atualizou "o preço da tarifa de energia do mercado regulado, em mais dois euros por MWh, com efeitos a partir de 01 de janeiro de 2023".
Por sua vez, a Galp indicou que para os seus clientes "as faturas do gás natural permanecerão inalteradas nos primeiros três meses de 2022".
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