Produção na construção deverá crescer 2,4% a 4,4% em 2023

A produção do setor da construção deverá registar um crescimento real de 2,4% a 4,4% este ano, para 21.782,5 milhões de euros, após um aumento estimado da produção de 3,4% em 2022, divulgou hoje a associação AICCOPN.

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Lusa
05/01/2023 14:34 ‧ 05/01/2023 por Lusa

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AICCOPN

 

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"No setor da construção, e após um aumento estimado da produção de 3,4% em 2022, as previsões apontam para o crescimento da atividade, antecipando-se um acréscimo real do valor bruto de produção do setor em 2023 entre 2,4% e 4,4%, intervalo a que corresponde um ponto médio de 3,4%", avança a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) na 'Conjuntura da Construção -- Informação Rápida'.

"Desta forma -- acrescenta -- prevê-se que em 2023, em linha com as previsões da Comissão Europeia para a evolução do investimento em construção, o setor da construção dê continuidade ao importante contributo para a evolução da economia nacional, com a produção total, em termos reais, no ponto médio do intervalo de previsão, a crescer 3,4% e a situar-se, em valor, nos 21.782,5 milhões de euros".

Segundo a informação de conjuntura da AICCOPN, no ano passado, "apesar de todos os constrangimentos que afetaram a atividade económica, assistiu-se novamente a uma elevada resiliência das empresas de construção, com a maioria dos indicadores setoriais a registarem uma evolução positiva".

O destaque vai para "o crescimento de 9% do emprego assegurado no terceiro trimestre de 2022, para o nível mais elevado dos últimos 10 anos", e para "o aumento de 0,8% e de 1,1% do investimento em construção e do VAB [Valor Acrescentado Bruto], respetivamente, nos primeiros nove meses de 2022, todos em termos homólogos".

No segmento da habitação, a AICCOPN aponta a "evolução positiva nos principais indicadores em 2022", face ao período homólogo, salientando as variações de +5,4% e de +7,6% do número de alojamentos licenciados em construções novas e do montante do novo crédito à habitação concedido pelas instituições financeiras até outubro.

Ainda referida é a valorização de 13,9%, em novembro, do valor mediano da habitação para efeitos de avaliação bancária e o aumento de 8% em número e de 22,9% em valor das transações de alojamentos familiares nos primeiros nove meses de 2022.

"Deste modo, tendo em conta a evolução dos indicadores em 2022 e fatores como o nível da procura por habitação, o atual enquadramento das taxas de juro, o aumento da procura por soluções energeticamente mais eficientes e [o facto de] o vetor com maior dimensão no PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] ser a habitação, a previsão para 2023 aponta para uma taxa de crescimento entre 1,5% e 4,5%, a que corresponde um ponto médio de 3,0%, neste segmento, após o aumento de 3,7% estimado para 2022", refere a associação.

Já no que concerne ao segmento dos edifícios não residenciais -- e "apesar da evolução mais positiva que o esperado na componente privada", com a área licenciada até outubro de 2022 a aumentar 9,7% em termos homólogos --, a associação prevê "um ligeiro crescimento em 2023, que se deverá situar entre 0,2% e 1,2%, em resultado de um cenário de evolução modesta da produção, quer na vertente privada quer na vertente pública".

Relativamente ao segmento da engenharia civil, as expectativas da AICCOPN são de que "se mantenha, novamente, como o mais dinâmico em 2023, prevendo-se um crescimento homólogo entre 4% e 6% do seu valor bruto da produção, em resultado dos investimentos previstos no PRR e no Portugal 2020, que se encontra no seu final de ciclo".

Segundo nota a associação, a produção deste segmento "beneficia atualmente dos elevados níveis de adjudicações ocorridos em 2020 e em 2021, com os contratos de empreitadas de obras públicas celebrados a totalizarem, nesse período, 7.759 milhões de euros".

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