O ciclo "Marte 2030", que irá decorrer até janeiro do próximo ano, inclui quatro palestras a cargo de investigadores do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, do Instituto Superior Técnico e do Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier, que irão interagir com o público, refere uma nota informativa da organização.
A iniciativa começa em 13 de outubro como uma sessão sobre a procura de vida em Marte e as razões que levam o homem a enviar missões tripuladas ao 'planeta vermelho', o quarto do Sistema Solar e onde os cientistas têm encontrado sinais de água em estado líquido, condição essencial para haver vida tal como se conhece.
Duas outras sessões, em 17 de novembro e 15 de dezembro, têm como enfoque os "desafios tecnológicos e fisiológicos" que terão de ser superados numa viagem a Marte, na estada e no regresso a Terra e as "formas de sobreviver" no planeta, "desde a produção de alimentos ao consumo de recursos materiais e energéticos".
Marte, ao contrário da Terra, é um planeta inóspito, sem campo magnético, que é um escudo contra a radiação solar.
Uma viagem de ida e volta ao planeta 'vermelho', com a atual tecnologia, demorará cerca de dois anos, tempo que engloba a permanência no planeta, necessária para recolher dados e aguardar pela melhor 'janela de oportunidade' para voltar à Terra.
A agência espacial norte-americana NASA pretende enviar astronautas a Marte em 2030, o milionário e patrão da construtora de automóveis elétricos Tesla e da empresa aeroespacial SpaceX, Elon Musk, mais cedo, em 2024.
O ciclo "Marte 2030" termina em 12 de janeiro de 2019 com uma incursão por outros planetas, os que, ao contrário de Marte e Terra, estão fora do Sistema Solar e dos quais já foram descobertos milhares. Vários são promissores, dado que estão localizados a uma distância da sua estrela que lhes permite ter eventualmente água em estado líquido.
Todas as palestras, que se realizam sempre a um sábado, serão seguidas por observações do céu com telescópio se a meteorologia o permitir.
"Marte 2030" é uma iniciativa conjunta do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier e Centro Cultural de Belém.