A exposição, um dos eventos daquela feira do livro, reúne trabalhos de dezenas de ilustradores de todo o mundo, sendo atribuído um prémio anual internacional.
A seleção dos 76 artistas de 27 países e regiões foi feita a partir de trabalhos enviados por quase 3.000 ilustradores por um júri composto por Diego Bianchi, da Argentina, Maciej Byliniak, da Polónia, Alessandro Sanna, de Itália, Harriët van Reek, da Holanda, e por Béatrice Vincent, de França.
Dos demais países lusófonos surge o artista brasileiro Fernando Vilela.
No final do ano passado, foi anunciado que André Letria venceu dois prémios de ilustração, na Coreia do Sul e na China, com o livro "A Guerra", escrito por José Jorge Letria.
Editado em maio do ano passado, "A Guerra" tem um título autoexplicativo. É um livro sobre a guerra, com uma narrativa textual que se estende por duas dezenas de frases às quais André Letria deu vida com uma sequência visual paralela e complementar.
"A guerra não ouve, não vê e não sente. A guerra sabe sempre onde a temem e a esperam. (...) A guerra é o estrondo e o caos", lê-se no livro.
Por sua vez, Carolina Celas fez, em abril do ano passado, a sua estreia literária, com a edição do título "Horizonte", marcado pelo fio do horizonte, intangível e omnipresente para onde quer que se olhe.
Com selo da Orfeu Negro, "Horizonte" aborda um tema "muito amplo, vago, não palpável", que Carolina Celas transformou numa narrativa mais visual do que textual, em que a paisagem ganha maior destaque do que os seres que nela habitam.
A unir todas as ilustrações - incluindo a capa e as guardas do livro - está uma linha de horizonte, cujo sentido se altera consoante a perspetiva desenhada por Carolina Celas, como quem observa de uma janela, deitado num campo de relva, a saltar de um paraquedas ou a olhar o mar.
A exposição vai estar patente durante a 56.ª edição da Feira do Livro Infantil de Bolonha, que se realiza naquela cidade italiana entre 01 e 04 de abril, tendo como país convidado a Suíça.
Todos os anos, a exposição de ilustração tem contado com a participação de ilustradores portugueses, como Cristina Valadas, Bernardo Carvalho, Gémeo Luís e Catarina Sobral, que em 2014 foi distinguida com o prémio internacional.
A exposição viaja depois até países como o Japão, a Coreia do Sul e a China.