"Frequentemente considerada como um marco fundamental da literatura portuguesa do século XX, a obra de Nuno Bragança propõe um olhar multifacetado e crítico sobre a sociedade portuguesa que vale a pena conhecer", afirma a coordenadora da iniciativa.
Vanda Anastácio refere que "os três romances cuja leitura se propõe ao longo deste ciclo dão conta da diversidade de temas, de estruturas e, até, de estilos trabalhados por este autor".
As sessões, sempre às 19:00, no Palácio de Fronteira, em Lisboa, com entrada gratuita, abrem na terça-feira com um grupo de leitura sobre a obra "A Noite e o Riso", com apresentação de Paula Morão, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e moderação de Vanda Anastácio.
Segue-se, no dia 13 de fevereiro, um grupo de leitura sobre o romance "Directa", e no dia 13 de março, sobre "Square Tolstoi".
Essencialmente um ficcionista, Nuno Bragança escreveu, além de "A noite e o riso", mais quatro obras: os romances "Directa" e "Square Tolstoi", uma recolha de contos, "Estação", e uma novela "Do fim do mundo", publicada postumamente.
Além da literatura, também o cinema o tentou: uma vez como argumentista, em "Os verdes anos", de Paulo Rocha, e outra correalizando, com Gérard Castello-Lopes e Fernando Lopes, o filme "Nacionalidade: Português".
Nascido em Lisboa em 12 de fevereiro de 1929, licenciou-se em Direito, escreveu em várias publicações, nomeadamente nas revistas Vértice, na Seara Nova e em O Tempo e o Modo, e desenvolveu atividade militante na clandestinidade contra o regime fascista. Morreu em 1985.