O movimento político Braga para Todos quer promover, ainda mais, os hábitos de leitura nos cidadãos que habitam a cidade minhota.
Apesar de reconhecer que a Feira do Livro anual que ali se realiza é um veículo importante para incentivar a leitura, o movimento também admite que não é o suficiente.
"A Feira do Livro é muito positiva, mas, é uma forma de comprar livros, e apesar de ter uma agenda interessante, com várias ações para todas as idades e ainda trazer autores diversos, não é propriamente uma ação pedagógica, porque se não há o hábito de leitura a feira do livro é apenas mais um evento, depois acresce o fator económico, porque os livros não são acessíveis a todos, logo, acaba por tornar o conhecimento para alguns, e sabemos o perigo que isso é para a uma sociedade que está perante uma mudança de paradigma”, refere Andréa Medeiros do Braga para Todos.
Assim, o movimento defende a restauração e reutilização das cabines telefónicas que estão agora obsoletas, transformando-as em Cabines de Leitura onde os bracarenses poderão ler e trocar livros, de forma gratuita e responsável, importando, assim, um projeto que já existe em Lisboa.
“Este pequeno projeto visa que algumas cabines virem pequenas bibliotecas com espaço para alguns livros, no entanto, não se pretende ser um depósito de livros, mas, um espaço, onde sem exagero podemos deixar um livro que já lemos e achamos uma mais-valia partilhar com quem connosco partilha a cidade, ou quem por ela passa, depois essa pessoa pode levar o livro para casa, ler no seu ritmo e ou leva outro ou devolve após terminar a leitura, a ideia é os livros serem de todos, mas, tratados com a responsabilidade que algo que é de todos acarreta, uma responsabilidade que é transformada num direito de acesso e num dever de conservar”, explicou a responsável.
A proposta vai agora ser enviada ao presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, realçando as "diferenças que este projeto apresenta face a uma biblioteca tradicional”.