"O que acontece historicamente no Brasil, em momentos de crise, é que os produtos que dão mais segurança são fortalecidos. No nosso caso, as grandes empresas patrocinadoras garantem as suas apostas nas entregas mais seguras e o Rock in Rio é seguro para todos eles, então não tivemos nenhum impacto", adiantou Roberta Medina, em declarações à Lusa.
Segundo a responsável, o impacto económico do evento no Rio de Janeiro ronda os 1,7 mil milhões de reais (cerca de 370 milhões de euros), proporcionando aumento turístico e "quase 80% da ocupação hoteleira".
"Para a cidade é uma bênção ter este acontecimento nas duas semanas. É muito positivo e muito bem visto entrar na rede", revelou.
Nas últimas semanas, o Brasil também foi muito falado internacionalmente devido aos incêndios florestais na Amazónia, contudo, Roberta Medina frisou que o RIR "não se pronuncia politicamente sobre assunto nenhum".
Ainda assim, adiantou que o festival continuará a abordar a defesa do ambiente e da maior floresta do mundo através do projeto Rock in Rio Amazonia Live, que já garantiu a restauração de mais de 73 milhões de árvores.
"O objetivo é mais sobre chegar às pessoas aqui no centro urbano, do que abraçar as árvores na Amazónia, porque a árvore fica bem sem nós. Aquilo que temos que ter consciência é que a energia não sai da tomada, que o ovo não sai do frigorífico, que há uma cadeia produtiva atrás disso e que se não for cuidada, não vamos conseguir viver bem no centro urbano", explicou.