Depois de ter revelado no início do ano que iria lançar um novo CD ainda em 2019, eis que chegam as mais recentes novidades do trabalho de João Loy.
O artista prepara-se para apresentar o novo álbum, ‘Prisão de Mim’, já no próximo dia 27 de outubro (domingo), às 18h, no Largo da Anunciada, em Lisboa. Um espetáculo que vai contar ainda com a presença de Jorge Nunes, Ivo Rodrigues, Bruno Serra e mais um convidado surpresa.
‘Prisão de Mim’ homenageia vários nomes do fado e que conta ainda com um tema original, como João Loy revelou ao Notícias ao Minuto.
Quando falamos no início do ano, contou-nos que estava a preparar um novo CD que ia homenagear “aquilo que foi importante para si no fado”. Quem são os principais nomes a quem prestou um tributo neste novo trabalho?
O nome mais homenageado é o Carlos Zel, ele é sem dúvida o meu mentor, a minha referência, a minha fonte de inspiração. Depois Amália [Rodrigues], João Ferreira, Manuel de Almeida, Teresa Tarouca, e o grande Jorge Fernando. Mas neste CD ainda cabem nomes de hoje como Aldina Duarte e Manuela de Freitas.
Os temas que compõe o álbum são apenas interpretações de músicas daqueles que foram para si os principais nomes do fado ou também há originais?
Só existe uma letra original que por acaso é minha. Quero neste trabalho homenagear o fado, quer a nível de interpretes, melodias dos fados tradicionais e da própria poesia.
Qual a interpretação que deu às músicas? Foi uma interpretação mais pessoal ou tentou não descolar-se muito dos temas originais?
Jamais me passa pela cabeça colar-me às interpretações originais, até porque não tenho nem metade do talento destes 'monstros' do fado. Depois enquanto fadista tento dar sempre a minha interpretação. Não quero ser cópia de ninguém. Aliás, posso dizer que o que me deixa mais feliz é ouvir as pessoas dizerem: "Não és igual a ninguém".
O que podemos esperar deste disco?
Alguma evolução enquanto fadista, mais alma do que nunca e a minha paixão a esta forma de vida.
O álbum foi gravado ao vivo… O que recorda dessa noite?
Uma simbiose fantástica no Fado Menor de Lisboa a abarrotar - (150) pessoas que comungavam comigo todos os fados que cantavam. Serei eternamente grato a todos pela energia durante uma hora e meia de concerto.
Sendo o fado uma paixão desde pequeno e estando habituado a ouvir este estilo musical português, que recordações que lhe vieram logo à memória na gravação deste trabalho?
A minha mãe que cantarolava o fado e a minha tia Graciete (irmã da minha mãe), que era mesmo uma grande fadista. Passei o espectáculo todo a dizer em voz baixa... Olha para mim mãe, olha o que tu arranjaste quando aos 14 anos me ofereceste um gravador com quatro cassetes de fado, agora sou eu mãe... Este CD é todo para ela e por ela.
O que nos pode revelar sobre o que vai acontecer no próximo dia 27?
Vai ser mais um concerto que tudo deixarei em palco. Alma, paixão, devoção, energia. Podem esperar também momentos maravilhosos com os meus convidados. O trompetista Ivo Rodrigues que me acompanha no fado tango, o Bruno Serra num momento único no espectáculo, o grande Jorge Nunes que vai cantar comigo os dois temas que estão no CD e que o público canta ao mesmo tempo e um convidado surpresa que fará um dueto comigo e cantará um dos seus êxitos. Este tema que vou apresentar com o convidado surpresa é o mote para o terceiro CD que já fervilha nesta cabeça inquieta.