Akram Khan baseou-se em arquivos do século XX para refletir sobre a beleza e o horror da condição humana através do retrato de um bailarino indiano "cujo corpo hábil se torna um instrumento de guerra" em palco, segundo a sinopse da programação do CCB.
Esta história tem lugar na fronteira entre o Oriente e o Ocidente, o passado e o presente, a mitologia e a tecnologia, num lugar "onde a humanidade ainda permanece maravilhada e desordenada".
Akram é o intérprete da peça, e será acompanhado no palco por cinco músicos: o percussionista B.C. Manjunath, o cantor Aditya Prakash, a contrabaixista Nina Harries, a violinista Clarice Rarity e a saxofonista Tamar Osborn.
"Este trabalho é essencialmente uma reflexão sobre como sinto o nosso mundo hoje. É sobre a perda de humanidade e de como, através das guerras passadas e presentes, somos ainda confrontados com a candente questão do que é ser humano", segundo o próprio artista, citado no texto sobre a peça.
A direção artística, coreografia e performance são de Akram Khan, dramaturgia de Ruth Little, desenho de luz de Michael Hulls, cenografia de Mirella Weingarten, figurinos de Kimie Nakano e música original e desenho de som de Vincenzo Lamagna.
A partitura original foi concebida em colaboração com os músicos, e contém excertos do Requiem em Ré menor, K.626, de Wolfgang Amadeus Mozart, bem como composições tradicionais.
Este espetáculo foi originalmente encomendado pelo '14-18 NOW', programa de artes do Reino Unido para o centenário da Primeira Guerra Mundial.