Num espaço de 200 metros quadrados, ao lado da estação da linha de Cascais, o arquitecto pretende "oferecer a Lisboa um espaço de encontro de culturas", para que, a partir das 19:00 de hoje, "se começar a interagir com os povos africanos".
"Queremos que este espaço seja um ponto de aproximação aos países africanos, como Angola, numa altura em que se falou muito das relações entre angolanos e portugueses", declarou.
Exposições de pintura e escultura fazem parte do programa do espaço multicultural da iniciativa "Vestigius", que, como refere João Fernandes, "não conta com apoios oficiais" e em que os artistas "não têm qualquer retribuição".
Também se disponibilizam livros, com a obra mais antiga do acervo a pertencer a 1475.
A gastronomia é outra das vertentes do espaço, contando com um "chef" português, Ruben Trindade Santos, e um angolano, Helt Araújo.
"Pretendemos dar a conhecer a gastonomia e também fazer um espaço de referência de vinho, pelo que estamos a trabalhar com Jão Chambel", acrescentou João Fernandes.
O promotor desta iniciativa assinalou que, no armazém de construção secular, foi descoberta recentemente uma cave, utilizada há décadas para guardar sal, que "oferece excelentes condições para guardar vinho", pois "está abaixo do nível do rio".
Desde 09 de novembro que o espaço, que já está a desenvolver contactos para as colaborações cultirais das embaixadas de Angola e Moçambique e com o secretário geral da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), tem recebido atuações musicais "como ensaio antes da inauguração".