Exposição representativa da pintura portuguesa do século XX em Cascais

O Centro Cultural de Cascais vai inaugurar, na sexta-feira, a exposição "Pintura Democrática, que é definida pela organização como "uma das mais representativas" mostras de pintura portuguesa do século XX.

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Lusa
20/02/2020 15:03 ‧ 20/02/2020 por Lusa

Cultura

Exposição

 

A exposição é composta pela coleção de pintura de Luísa e Manuel Pedroso de Lima, que reúne obras de Almada Negreiros, Ângelo de Sousa, António Palolo, Cruzeiro Seixas, Graça Morais, João Hogan, Jorge Martins, Júlio Resende, Júlio Pomar, Lourdes Castro, Luís Dourdhil, Malangatana, Mário Botas, Menez, Nikias Skapinakis, Paula Rego, René Bertholo e Vieira da Silva, entre outros artistas que marcaram a expressão plástica em Portugal, no século XX.

Trata-se de uma mostra representativa da produção de arte contemporânea portuguesa no período que medeia o fim do Estado Novo e o início da década de 1990, com curadoria de Joaquim Sapinho e José Manuel dos Santos, e organizada pela Câmara Municipal de Cascais com a Fundação D. Luís I, no âmbito da programação do 5.º aniversário do Bairro dos Museus.

Esta exposição mostra obras de uma coleção que se formou nas décadas de 1970 e 1980 do século passado, embora a maioria dos artistas representados sejam de um tempo que começou muito antes.

As suas obras revelam, por isso, "os abalos e as mudanças políticas e culturais de uma época e de um lugar que surpreendeu o mundo com uma revolução democrática, depois de ter vivido longamente sob uma ditadura", afirmam os curadores.

Muitos destes artistas participaram ativamente nas mudanças, "alguns foram mesmo delas precursores, arautos e militantes de utopias que se tornaram distopias: do comunismo à desilusão dele, da paixão revolucionária à racionalidade reformista, da democracia à normalidade dela", acrescentam.

As obras foram dispostas de forma a comporem um todo poético, obedecendo a critérios de estética e montando um conjunto de diferentes discursos, verbais e não verbais.

"As obras que aqui se apresentam foram quase todas compradas na Galeria 111, de Manuel de Brito e Arlete Silva, situada no Campo Grande, perto da casa de Mário Soares (e aqui o caso não é um acaso). Ao olharmos a coleção de Manuel Pedroso Lima, vemos o trabalho de uma galeria. E vemos como estes artistas e as suas obras fundam o cânone de um tempo e de uma ideia do mundo", acrescentam os curadores.

Manuel Pedroso de Lima, advogado, lutou contra a ditadura, alinhando por um pensamento político-cultural descendente do humanismo iluminista, o que justifica o seu interesse pela arte.

Esta coleção é um tributo de Manuel Pedroso Lima à sua mulher Luísa, com quem construiu a coleção.

 

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