Num comunicado conjunto, uma centena de empresas de técnicos, promotoras e organizadoras de festivais e eventos culturais, que fazem gestão de artistas, alertam para a situação de "colapso" com o cancelamento ou adiamento de espetáculos e encerramento temporário de salas.
"Face ao atual cenário, há empresas que simplesmente pararam. Todas as áreas ligadas aos espetáculos e eventos de pequena, média e grande dimensão, teatros, circos, festivais, espetáculos, programas televisivos, conferências, eventos corporativos, entre outros, viram a sua agenda totalmente cancelada. Contudo, subsistem todos os compromissos inerentes à sua atividade, incomportáveis de assumir sem receitas", sublinham.
As empresas pedem ao Governo linhas de crédito sem juros, a "suspensão imediata do pagamento de todas as obrigações fiscais e contributivas", períodos de carência a empresas com empréstimos à banca e "planos de ação concretos para incentivar a retoma normal da atividade após a crise".
Entre as subscritoras deste comunicado estão empresas de equipamento de luz e som para espetáculos, promotoras, organizadoras de festivais, empresas de agenciamento, de aluguer de equipamento audiovisual.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de hoje.
O Conselho de Ministros aprova hoje as medidas que concretizam o estado de emergência proposto pelo Presidente.
Entre as medidas para conter a pandemia, o Governo já tinha suspendido as atividades letivas presenciais em todas as escolas desde segunda-feira e impôs restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.
Dezenas de salas de espetáculos, salas de cinema, teatros municipais e nacionais foram encerrados e ficaram com programação suspensa ou adiada.
Já foram anunciados cancelamentos ou adiamentos de espetáculos de música, dança, teatro, artes performativas e estreias de filmes.
Em Portugal, estão confirmados 785 casos de infeção e três mortes.