Cuca Roseta, em declarações à agência Lusa, disse que este "era um disco que há muito queria fazer", que se concretizou por este ano se celebrar o centenário do nascimento de Amália Rodrigues.
O álbum, com o selo Sony Music, intitula-se 'Cuca Canta Amália', e a produção "foi uma partilha musical", entre Cuca Roseta e os músicos que a acompanham.
Sobre os temas escolhidos, Cuca Roseta afirmou serem os que sempre cantou do repertório da fadista e que ainda hoje fazem parte dos alinhamentos dos seus espetáculos, além de "os cantar na casa de fados".
Do alinhamento fazem parte dois fados com letra de Amália Rodrigues, 'A Lágrima', musicado por Carlos Gonçalves, e 'Estranha Forma de Vida', interpretado na melodia do Fado Bailado, de Alfredo Marceneiro.
"O fado 'A Lágrima' é de um parceria importante do fado", disse Cuca Roseta, referindo-se a Amália e a Carlos Gonçalves, que a acompanhou durante 30 anos, e morreu em março passado.
"Este é o tema que canto há mais anos e ainda hoje o incluo nos meus espetáculos", prosseguiu Cuca Roseta.
A fadista decidiu "não escolher apenas fados tradicionais" e, inclui duas marchas, a do Centenário, uma criação de Maria Clara, em 1940, que Amália gravou, e uma "Marcha da Mouraria".
Do alinhamento fazem ainda parte 'Ai, Mouraria', 'Fado Malhoa', 'Fadista Louco', 'Vagamundo', 'Com Que Voz' e 'Barco Negro'.
Cuca Roseta é acompanhada por Mário Pacheco, Luis Guerreiro e Sandro Costa, na guitarra portuguesa, Diogo Clemente, na viola, Marino de Freitas, na viola baixo, e Ruben Alves, ao piano.
'Amália é a minha grande inspiração', disse à Lusa a intérprete que, em novembro último editou o livro 'Cem poemas de Cuca Roseta'.
A fadista tem publicados três álbuns, e conta com uma participação no CD 'JazzinFado' (2017).