Um dos setores que mais está a sofrer com a crise sanitária que o país, e o mundo, enfrenta são os músicos que, em tempos de confinamento, deixaram de poder subir ao palcos. A verdade é que também eles precisam do seu 'ganha pão'. As redes sociais dão uma ajuda, mas “os músicos não vão poder estar continuamente a dar concertos à borla”, sob pena de acabarem "a pôr em risco as suas próprias carreiras”.
“Os músicos ajudam como podem, oferecendo a sua arte pelas mais diversas formas, com concertos nas redes sociais, abertos a todos. Generosos e altruístas, muitos deles, confortam-nos com as suas letras, as suas guitarras, os seus instrumentos de sopro, percussão, o que for. Trazem-nos a calma ou a raiva, a poesia e a melodia, o som e a fúria. Acompanham-nos”. Mas há o reverso desta medalha.
O alerta é de um “grupo de amigos com uma paixão comum pela música” que decidiu organizar-se e criar um ‘clube’, “com sócios e quotas pagantes”, e um propósito legítimo: “juntar dinheiro para pagar a músicos para que possam fazer um concerto”.
A ideia é simples. Os membros desse 'clube' contribuem com o que podem, essa ajuda reverte para os músicos que assim são pagos por presentearem os sócios com concertos. Num assumido trocadilho com a Casa da Música e com os pratos servidos em restaurantes à moda da casa, este 'clube' para “verdadeiros melómanos” dá pelo nome Música da Casa, não vivêssemos nós em tempos de “estadia caseira”.
Para saber mais sobre este projeto, que ainda está a dar os primeiros passos - “quantas bandas não começam a tocar sem ter sequer nome?” - foi criada um página no Facebook, que todos são convidados a visitar.
“Nestes dias de Quarentena, os concertos terão de ser essencialmente online, provavelmente privilegiando "one man/woman bands" ou bandas cujos membros vivam juntos. Eventualmente, por ser online ou streaming, concertos acústicos”, mas fica desde já a promessa de “no futuro pós-Covid”, os concertos passarem para “em espaços físicos, com várias bandas”, e... “casas cheias”.
Agora, "está na altura de nos chegarmos à frente” e de ajudarmos quem nos dá, com gosto, muita e boa música.