Na sequência da pandemia de Covid-19, o Governo determinou a proibição da realização de grandes eventos até ao dia 30 de setembro de 2020. A edição deste ano do NOS Alive teve naturalmente de ser cancelada, mas "o sonho da 14ª Edição" continua nos dias 7, 8, 9 e 10 de julho de 2021, no Passeio Marítimo de Algés.
Em comunicado enviado às redações, a organização do festival defende uma perspetiva otimista e quer "manter o melhor cartaz. Sempre!".
Para já, está confirmado o regresso dos Da Weasel "para um concerto único e exclusivo, sábado, dia 10 de julho de 2021, no Palco NOS".
Já quanto ao adiamento do festival deste ano, a organização refere que, "apesar de estar consciente de que esta é a melhor decisão, é com profunda tristeza que" vê que "este será um verão sem festivais".
Ao longo dos últimos meses, em que foram trabalhados vários cenários com o Governo e as autoridades competentes, foi sempre mantida como "prioridade a proteção e segurança do público, dos artistas, patrocinadores e parceiros, fornecedores, de toda a equipa e colaboradores do NOS Alive".
Em breve serão facultadas informações sobre a utilização dos bilhetes adquiridos para o NOS Alive 2020, "em conformidade com a lei a publicar":
De salientar que o Parlamento aprovou na quinta-feira, na generalidade, a proibição, até 30 de setembro, da realização de "festivais e espetáculos de natureza análoga".
A discussão do projeto de lei da autoria do Governo segue agora na especialidade, na comissão parlamentar de Cultura, onde é hoje votada, antes da votação final global em plenário, que deverá acontecer no final desta semana.
A proposta define que os "festivais e espetáculos de natureza análoga", marcados até 30 de setembro, só serão permitidos com lugares marcados e regras de distanciamento. No entanto, não define o que são "festivais e espetáculos de natureza análoga" e essa questão foi levantada na quinta-feira por alguns deputados, puxando a Festa do Avante, agendada para o início de setembro, para a discussão.
O projeto de lei do Governo é aplicável ao reagendamento ou cancelamento de espetáculos não realizados entre os dias 28 de fevereiro de 2020 e 30 de setembro de 2020, e quem comprou bilhete para eventos dentro daquele período, só poderá pedir o reembolso a partir de 01 de janeiro de 2022.
Até lá, estabelece a proposta de lei, pode pedir a troca do bilhete por um vale "de igual valor ao preço pago", válido até 31 de dezembro de 2021, e esse vale pode ser utilizado na "aquisição de bilhetes de ingresso para o mesmo espetáculo a realizar em nova data ou para outros eventos realizados pelo mesmo promotor".
"Caso o vale não seja utilizado até ao dia 31 de dezembro de 2021, o portador tem direito ao reembolso do valor do mesmo, a solicitar no prazo de 14 dias úteis", lê-se no documento.
Embora o projeto lei não tenha sido ainda aprovado, já foram vários os festivais que decidiram cancelar as edições deste ano, entre os quais, o Rock in Rio Lisboa, o Festival de Músicas do Mundo, o Boom Festival, o Super Bock Super Rock, o Sudoeste, o Lisb-On e agora o NOS Alive.