O concerto "Bem-vinda sejas Amália" está agendado para 23 de julho, dia em que a fadista celebraria 100 anos de vida, e terá como palco "o refúgio" que a fadista construiu na localidade do Brejão, em São Teotónio (Odemira), para descansar entre digressões pelo mundo inteiro, explica em comunicado a Fundação Amália, promotora do evento.
Na Herdade Amália, a partir das 22:00, vai juntar-se um "cartaz de luxo" composto pelos fadistas Ana Moura, Jorge Fernando, Ricardo Ribeiro, Katia Guerreiro, José Gonçalez, Marco Rodrigues, Fábia Rebordão e Sara Correia, sob a direção musical de Jorge Fernando e a componente artística de José Gonçalez.
O espetáculo de homenagem "a uma das mais queridas intérpretes do século XX", vai celebrar "uma mulher singular, tantas vezes aclamada como "a voz de Portugal" e com a "dignidade" que a diva do fado "merece, por tudo o que fez pelo Fado, pela língua e culturas portuguesas e pela honra com que sempre representou Portugal", refere.
O título do concerto comemorativo "Bem-vinda sejas Amália" é uma alusão "à forma carinhosa como foi recebida pelos militares portugueses em Moçambique, em 1969, quando foi cantar para os feridos de guerra", explicam os promotores.
"A frase então escrita num cartaz, registada pela RTP para a posteridade, foi sendo replicada noutras alturas e noutros contextos, nas suas inúmeras digressões pelo país e pelo estrangeiro".
Em ano de centenário, "Bem-vinda sejas Amália" é também o título de uma exposição itinerante que está a percorrer o país, adianta a instituição a quem cabe dar continuidade à missão que a fadista determinou em testamento de "ajudar pessoas desfavorecidas".
"Com a evocação desta mensagem escrita num cartaz tão simples e genuíno, quanto criativo, pretende-se também homenagear todos os fãs anónimos que publicamente manifestavam o seu apreço a uma das mais importantes figuras da cultura portuguesa", acrescenta a organização.
Na semana passada, foi anunciado o programa das comemorações do centenário do nascimento da fadista Amália Rodrigues, que vai contar com concertos, exposições, 'videomapping' e uma festa de reabertura das casas de fado de Lisboa, entre outras iniciativas.
Igualmente no dia 23 de julho, mas no Museu do Fado, em Lisboa, vão atuar Camané e Mário Laginha para "revisitar alguns dos temas mais emblemáticos de Amália Rodrigues e Alain Oulman (1928-1990)", que em vida compôs exclusivamente para a diva.