Mariza, a celebrar 20 anos de carreira, e Gisela João são as "cabeças de cartaz", atuando, respetivamente, nos dias 02 e 03, no palco 'Santa Casa', o maior do festival, disse o promotor Luís Montez, da organização, enquanto o centenário de Amália será também acontecimento dominante.
Montez referiu-se ao Santa Casa como "o maior festival de fado do mundo", que este ano terá apenas lugares sentados com o necessário distanciamento social e, "em vez de leques como no ano passado, serão oferecidas máscaras", que são obrigatórias para todos.
Em todos os palcos - que serão nove - "haverá gel desinfetante à entrada", acrescentou Montez.
Em ano do centenário do nascimento de Amália Rodrigues (1920-1999), a fadista será uma figura central do festival que contará com cerca de 40 fadistas.
"Todos os fadistas vão interpretar pelo menos um tema do repertório de Amália", adiantou Montez.
Amália é ainda tema de um espetáculo, 'Celebrar Amália 100 Anos Depois', com a direção musical de Jorge Fernando, que acompanhou a diva e que reúne vozes do Fado e além do Fado.
Rui Veloso, Katia Guerreiro, Diogo Piçarra, Marco Rodrigues, Sara Correia, André Amaro e Jorge Fernando são alguns dos nomes que farão parte do espetáculo.
'Bem-vinda sejas, Amália' é o título de uma exposição sobre a fadista que vai estar patente durante o festival, no Terminal de Cruzeiros de Santa Apolónia, com fotografias e outros documentos inéditos, disse o presidente da Fundação Amália Rodrigues, Vicente Rodrigues, instituição que organiza a mostra.
O título da exposição foi retirado de um cartaz empunhado por um militar português, quando uma visita de Amália, em 1966, às tropas portuguesas estacionadas em Angola, explicou Rodrigues.
A exposição é de caráter itinerante e, depois de Lisboa, irá estar em 80 municípios, adiantou o responsável.
Rodrigues disse que a Fundação tem de apresentar "viabilidade" e afastar assim o fantasma da extinção.
No Terminal de Cruzeiros será ainda projetado um espetáculo de 'videomapping', intitulado "Amália", sobre a vida da fadista que "foi muito além do fado", disse Rodrigues.
Os presidentes da Câmara de Lisboa e da junta de freguesia de Santa Maria Maior realçaram hoje, na apresentação do festival, no Museu do Fado, a sua importância "para o universo fadista e para a cidade", assim como a necessidade de manter um projeto que caracteriza a capital, onde "todos participam", fadistas de diferentes gerações, amadores e profissionais.
O Festival, patrocinado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, receberá apenas metade dos espetadores do ano passado, e terá um novo palco, no átrio do Museu Militar, disse Montez.
No ano passado, o festival contou com 11.700 pessoas, segundo dados da organização então divulgados.