Banquete dos prémios Nobel cancelado. Cerimónia ocorrerá em novos moldes

O tradicional banquete dos prémios Nobel será cancelado este ano, pela primeira vez desde 1956, por causa da pandemia do novo coronavírus, anunciou hoje a Fundação Nobel, informando ainda que a cerimónia de entrega ocorrerá em "novos moldes".

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Lusa
21/07/2020 23:22 ‧ 21/07/2020 por Lusa

Cultura

Nobel

 

Sem alterações, segundo a fundação, ficam as datas previstas, entre 05 e 12 outubro, para o anúncio da atribuição dos prémios Nobel (Medicina, Física, Química, Literatura, Paz e Economia).

O banquete, um jantar de gala realizado em Estocolmo todos os anos em dezembro em honra dos laureados, foi cancelado durante as duas Guerras Mundiais. Também não foi realizado em 1907, 1924 e 1956.

O último cancelamento, em 1956, aconteceu para evitar o convite ao embaixador da então União Soviética por causa da violenta repressão dos protestos em Budapeste, na Hungria.

Em relação às cerimónias de entrega dos prémios em Estocolmo (Suécia) e em Oslo (Noruega, onde é entregue o Nobel da Paz) mantêm-se agendadas, até ao momento, para o dia 10 de dezembro, mas vão acontecer "em novos moldes", indicou a Fundação Nobel, num comunicado.

"A Fundação Nobel prevê conseguir manter as cerimónias de entrega dos prémios em Oslo e em Estocolmo sob novos moldes que terão em conta as restrições relacionadas com o distanciamento social e o facto de apenas alguns ou até nenhum dos laureados possam estar no local", acrescentou a entidade.

Os prémios Nobel nasceram da vontade do químico, engenheiro, inventor, industrial e filantropo sueco Alfred Nobel (1833-1896) em doar a sua imensa fortuna para o reconhecimento de personalidades que prestassem serviços à humanidade.

O inventor da dinamite expôs este desejo num testamento redigido em Paris, França, em 1895, um ano antes da sua morte.

Os prémios foram atribuídos pela primeira vez em 1901.

Desde que o novo coronavírus foi detetado na China, em dezembro do ano passado, a pandemia da doença covid-19 já provocou mais de 610 mil mortos e infetou mais de 14,7 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo o balanço mais recente feito pela agência France-Presse (AFP).

 

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