Os fãs de cinema que contavam com o final do ano para verem ou reverem os seus heróis no grande ecrã ficaram esta semana com as suas expetativas defraudadas, depois de serem adiadas as estreias de mais dois 'blockbusters' - a medida encontrada pelos grandes estúdios para evitar salas ainda a 'meio gás' por causa da pandemia do novo coronavírus.
'Dune', a segunda adaptação do clássico de ficção científica escrito por Frank Herbert, realizado por Denis Villeneuve, tinha estreia planeada para 18 de dezembro - já depois de alguns atrasos - e foi agora adiada para outubro de 2021, segundo anunciou a revista Variety.
A 'space opera' protagonizada por Timothée Chalamet e Oscar Isaac [este último na imagem] é dos estúdios Warner Bros., que tinha ainda na calha a estreia de 'Batman', uma nova reinterpretação do anti-herói de Gotham, pela mão de Matt Reeves e com interpretação de Robert Pattinson (que alguma imprensa adiantou estar infetado com Covid-19 obrigando à suspensão temporária das filmagens). A longa-metragem tinha estreia planeada para 1 de outubro de 2021, que coincidiria com a estreia de 'Dune', e, portanto, passou para março de 2022.
Beyond fear, destiny awaits. Watch the trailer for the highly anticipated #DuneMovie now. pic.twitter.com/UFLJzrpf72
— DUNE (@dunemovie) September 9, 2020
'The Flash' e 'Shazam 2', diz a Variety, são outros filmes do mesmo estúdio que serão adiados, para 4 de novembro de 2022 e 2 de junho de 2023, respetivamente.
No sentido inverso, 'Matrix 4', que estava planeado originalmente para maio deste ano e que havia sido adiado para abril de 2022, será estreado alguns meses mais cedo, a 22 de dezembro de 2021, no lugar que seria de 'Black Adam', também da DC Comics, que agora fica sem data de estreia marcada.
Recorde-se que no início deste mês, a MGM anunciou que 'No Time to Die', o próximo filme do espião britânico 007, que iria chegar aos cinemas a 20 de novembro deste ano, terá a sua estreia adiada para abril de 2021.
Este xadrez das grandes estreias de superproduções acontece num momento de muita incerteza para os estúdios de cinema, que temem o impacto das restrições impostas às salas de cinema na confiança do público. Havia alguma esperança no final deste ano, altura em que se previa um aligeiramento das restrições e a retoma gradual de (alguma) normalidade, mas essa esperança foi gorada pelo aumento generalizado de casos que acompanhou o regresso às escolas e a reabertura das economias. Em vários países, esse retrocesso significou endurecimento de medidas.
